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Avião de Omã atrerra no Iémen para evacuar 115 feridos graves

Um avião de Omã aterrou hoje na capital do Iémen, Sanaa, para evacuar 115 feridos graves do ataque aéreo da coligação árabe liderada pela Arábia Saudita a um funeral realizado há duas semanas, afirmou uma fonte oficial dos rebeldes.

Avião de Omã atrerra no Iémen para evacuar 115 feridos graves
Notícias ao Minuto

15:32 - 15/10/16 por Lusa

Mundo Sanaa

O ataque matou mais de 140 pessoas e feriu pelo menos 525, o que provocou uma onda de indignação e levou a coligação a anunciar a flexibilização do bloqueio aéreo para permitir que os feridos graves possam ser tratados no estrangeiro, disse ainda a mesma fonte.

Omã é o único Estado árabe do Golfo que não faz parte da coligação que luta contra os rebeldes hutis e já tinha organizado evacuações de Saná de ocidentais e outros pessoas que presas pelos rebeldes.

No sábado passado, milhares de iemenitas participaram no enterro do governador de Sanaa, Abdel Qader Hilal, morto com mais 140 pessoas no bombardeamento realizado em 03 de outubro numa cerimónia fúnebre na capital do Iémen.

Entre gritos de protesto como "Não há outro Deus senão Alá e os sauditas são inimigos de Alá", os participantes transportaram então o caixão de Hilal desse a Grande Mesquita, na zona antiga da cidade, até ao cemitério.

Hilal era membro do partido Conferência Popular Geral, dirigido pelo ex-Presidente iemenita Ali Abdallah Saleh, aliado dos rebeldes xiitas hutis e que domingo clamou vingança contra a Arábia Saudita, líder da coligação árabe que intervém no Iémen.

No ataque, em que mais de 500 pessoas ficaram feridas, foi dirigido contra um edifício público onde decorriam as cerimónias fúnebres da mãe de al-Ruishan, e num momento em que cerca de 1.000 pessoas apresentavam condolências aos familiares.

Segundo a ONU, a guerra no Iémen, em particular desde o início da intervenção militar da coligação dirigida pelos sauditas em março de 2015, já provocou 6.700 mortos, com mais de 80% da população a necessitar de urgente ajuda humanitária.

A guerra no Iémen opõe os rebeldes do movimento hutis às forças leais ao Governo, que tenta recuperar o poder depois de ter sido afastado. As forças governamentais contam com o apoio militar de uma coligação árabe liderada pela Arábia Saudita.

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