Alterações climáticas duplicaram floresta ardida nos EUA desde 1984
As alterações climáticas estão a tornar o planeta mais quente e seco e provocaram a duplicação da área queimada em fogos florestais, na parte oriental dos EUA, nas últimas três décadas, apurou um estudo divulgado hoje.
© Reuters
Mundo Clima
Os cientistas concluíram que, desde 1984, que temperaturas mais elevadas e o tempo mais seco causaram a expansão da área ardida em mais 41.500 quilómetros quadrados, uma área que representa 30 vezes a de Los Angeles.
Isto "duplica aproximadamente a área ardida, na floresta oriental dos EUA, em relação ao que se poderia esperar apenas da variabilidade climática natural, entre 1984 e 2005", quantificou a investigação, publicada na edição de 10 de outubro das Atas da Academia Nacional das Ciências (Proceedings of the National Academy of Sciences).
E os autores do estudo avisaram que são de esperar incêndios mais fortes nos próximos anos.
"Não importa o que façamos. Os fogos vão continuar a aumentar e a razão é verdadeiramente clara", afirmou o coautor Park Williams, um bioclimatologista no Observatório da Terra Lamont-Doherty, integrado na Universidade de Columbia.
Os fogos florestais têm estado a aumentar desde os anos 1980.
Até agora, cerca de 1,2 milhões de hectares arderam na parte oriental dos EUA. As condições mais perigosas podem ocorrer nos próximos dois meses.
No último ano, um recorde de quatro milhões de hectares arderam no país, o valor mais elevado desde que o Centro de Incêndios da Inter Agência Nacional começou a documentar a área ardida em fogos florestais, em 1983, avançou-se no documento.
Os custos federais dos combates aos incêndios na época de 2015 atingiram um montante recorde de 2,1 mil milhões de dólares (1,9 mil milhões de euros).
"Muitas pessoas estão a falar em alterações climáticas e fogos -- em particular, no último ano os comandantes dos bombeiros e o governador (do Estado) da Califórnia começaram a designar esta situação como 'a nova normalidade'", afirmou o principal autor, John Abatzoglou, professor de geografia na Universidade de Idaho.
"Nós quisemos pôr alguns números nessas afirmações", acrescentou, ao justificar esta investigação sobre as alterações climáticas, em particular sobre os efeitos do aquecimento global.
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