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Enviado especial da ONU exige julgamento de autores de ataque em Sanaa

O enviado especial da ONU para o Iémen pediu hoje a rápida divulgação dos resultados do inquérito da coligação árabe sobre o mortífero ataque de sábado na capital Sanaa, e que os responsáveis compareçam perante a justiça.

Enviado especial da ONU exige julgamento de autores de ataque em Sanaa
Notícias ao Minuto

20:19 - 10/10/16 por Lusa

Mundo Iémen

necessário fazer tudo para que os autores destes odiosos ataques compareçam perante a justiça", declarou Ismaïl Ould Cheikh Ahmed após um encontro em Paris com o chefe da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayraul.

"É necessário que conheçamos muito rapidamente os resultados do inquérito em curso", acrescentou o emissário da ONU.

Os 'raides' aéreos atingiram um local público onde decorria uma importante cerimónia fúnebre na capital iemenita, controlada pelos rebeldes xiitas 'huthis' e aliados, provocando mais de 140 mortos e 525 feridos, segundo a ONU.

A coligação militar árabe que intervém no Iémen desde março de 2015, liderada pela Arábia Saudita, negou de início qualquer envolvimento no ataque, antes de divulgar um comunicado durante a noite onde anunciava um inquérito "imediato" ao qual "a parte americana" se poderia associar.

"Fomos todos marcados pelo facto destes ataques terem ocorrido quando foram registados progressos importantes, após longas negociações e num momento onde estávamos em vias de negociar um acordo duradouro", assinalou Ismaïl Ould Cheikh Ahmed. "Exorto todas as partes a demonstrarem contenção", acrescentou.

Jena-Marc Ayrault também pediu à coligação "para tornar públicos oss resultados do inquérito, logo que sejam conhecidos".

"A posição da França é dizer que a opção militar não conduz a qualquer parte", considerou.

O sangrento ataque em Sanaa foi denunciado em numerosas capitais, e os Estados Unidos anunciaram que vão "reexaminar" o seu apoio à coligação árabe.

O objetivo a coligação liderada pelos sauditas consiste em restabelecer o governo reconhecido pelas instâncias internacionais em todo o território do Iémen, em parte controlado pelos 'huthis', rebeldes oriundos da importante minoria dos zaiditas (com origem no xiismo), concentrada no norte do país e que se apoderou de Sanaa em 2014, com o apoio de uma fação iemenita com ligações ao ex-presidente Ali Abdallah Saleh.

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