Filipe Nyusi diz que o povo quer e merece um estado de justiça social
O Presidente moçambicano e da Frelimo, partido no poder, Filipe Nyusi, defendeu hoje que o país quer e merece um estado de justiça social, apontando a restauração da paz como uma premissa para o desenvolvimento económico e social.
© Lusa
Mundo Moçambique
"Os moçambicanos querem e merecem mais água potável, mais energia, educação de qualidade, cuidados de saúde humanizados, habitação condigna e um estado de justiça social", declarou Nyusi, no discurso de encerramento da 3.ª Sessão Extraordinária do Comité Central
O líder da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique) apontou a provisão daqueles serviços sociais básicos como um compromisso inabalável do partido no poder, assinalando a importância da restauração da estabilidade política e militar no desenvolvimento do país.
"Temos um país dotado de potencial de recursos naturais em terra e no mar, no quadro da preparação do 11.º congresso, devemos discutir como otimizar estes recursos, elevando o nível de produção, produtividade e competitividade. Na nossa agenda, temos que colocar no topo das prioridades a segurança alimentar e nutricional", disse Filipe Nyusi.
A Frelimo, prosseguiu Nyusi, continuará empenhada na busca de soluções para que reine a concórdia, reconciliação nacional e paz duradoura, visando criar condições para que os moçambicanos alcancem a prosperidade que almejam.
Destacando que o partido no poder pretende estar na vanguarda das transformações económicas e sociais de Moçambique, o chefe de Estado moçambicano disse que a aprovação dos documentos apresentados aos membros do Comité Central permitiu construir uma base sólida para que o 11.º congresso do partido, agendado para setembro do próximo ano, seja um sucesso.
"Com este exercício, pretendemos emprestar mais dinamismo ao processo e preparação do 11.º congresso, para que seja de facto um momento de afirmação do paradigma de desenvolvimento, com a Frelimo a reafirmar o seu papel histórico de líder das transformações políticas, económicas e sociais em moçambique", enfatizou Filipe Nyusi.
Nyusi apontou a aprovação das cinco teses para o congresso, de alterações à diretiva para as eleições internas de delegados ao congresso e do novo código de conduta como momentos importantes da reunião do Comité Central.
O presidente da Frelimo defendeu a indicação de novos chefes das brigadas centrais do partido, defendendo que este exercício insere-se na aposta na revitalização e renovação da organização.
As referências do chefe de Estado moçambicano à necessidade de restauração da paz inserem-se no atual contexto de violência militar principalmente no centro do país, mas com alguns focos de instabilidade também no norte, opondo as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição.
A instabilidade, que também tem sido marcada por ataques a alvos civis atribuídos à Renamo, tem como origem a recusa do principal partido de oposição em aceitar os resultados das eleições gerais de 2014.
O principal partido de oposição condiciona o fim dos confrontos à aceitação pelo Governo da sua exigência de governar em seis províncias do centro e norte onde reivindica vitória eleitoral, acusando a Frelimo de fraude no escrutínio.
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