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UA recomenda reforço da educação cívica para combater abstenção

A União Africana (UA) recomendou hoje às autoridades cabo-verdianas o reforço da educação cívica para combater a abstenção, aconselhando a harmonização do calendário eleitoral em anos com várias votações para evitar desmobilizar o eleitorado.

UA recomenda reforço da educação cívica para combater abstenção
Notícias ao Minuto

20:02 - 04/10/16 por Lusa

Mundo Cabo Verde

O chefe da missão da UA às presidenciais cabo-verdianas, o ex-Presidente da República da Guiné-Bissau, Serifo Namadjo, que segunda-feira já tinha declarado as eleições "livres e justas", sublinhou hoje a "serenidade" e a "atmosfera pacífica" da votação de domingo.

Serifo Namadjo falava durante uma conferência de imprensa, na cidade da Praia, para apresentar os resultados da missão de observadores às eleições presidenciais cabo-verdianas, ganhas pelo atual chefe de Estado cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca.

O chefe de Estado foi reeleito à primeira volta com 92.055 votos (74%) numa votação em que participaram apenas 35,7% dos 361.206 eleitores inscritos, segundo os resultados provisórios.

"Apesar de ter havido uma afluência às urnas relativamente fraca, a eleição presidencial decorreu de forma livre e justa", concluiu

Cabo Verde realizou este ano três eleições (legislativas em março, autárquicas em setembro e presidenciais em agosto) e o cansaço eleitoral aliado à fraca competitividade da disputa eleitoral está a ser apontado como uma das causas da abstenção, a maior de sempre em eleições democráticas no país.

Por isso, a missão da União Africana recomendou ao parlamento cabo-verdiano que procure harmonizar "as disposições legais sobre o calendário das eleições de forma a evitar a falta de motivação para ir às urnas votar".

Ou seja, que nos anos em que há mais que uma eleição se procure realizar as votações em simultâneo.

A missão recomendou ainda a mobilização das organizações da sociedade civil nas atividades de sensibilização dos eleitores "a fim de melhorar a participação eleitoral", bem como o reforço da educação cívica e eleitoral "a fim de eliminar a taxa de abstenção na votação".

Foi ainda aconselhada ao governo cabo-verdiano a mobilização de recursos adequados para "uma melhor tomada de consideração" dos cabo-verdianos no estrangeiro, quer no recenseamento quer na votação.

A missão deixou ainda uma recomendação aos partidos políticos para que intensifiquem as atividades de campanha para maximizar a participação eleitoral e coloquem delegados em todos os locais de votação para aumentar a credibilidade das eleições.

Segundo a UA, nas eleições presidenciais de domingo, as candidaturas não conseguiram assegurar a presença de seus delegados em todos os locais de voto.

A missão da União Africana, que incluiu 29 observadores de 19 países, teve equipas de observadores em sete das 10 ilhas cabo-verdianas e visitou 139 das 1.265 mesas de voto.

Além da missão da UA esteve também em Cabo Verde uma missão de observadores da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

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