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Segunda-feira de negro e em greve de polacas contra nova lei do aborto

O dia de hoje ficou marcado por greve e protestos na Polónia.

Segunda-feira de negro e em greve de polacas contra nova lei do aborto
Notícias ao Minuto

22:01 - 03/10/16 por Pedro Filipe Pina

Mundo Polónia

A Polónia já tem uma das leis mais restritivas da Europa no que à interrupção voluntária da gravidez diz respeito. Mas uma petição de um grupo independente, que recolheu 450 mil assinaturas num país maioritariamente católica, pretende acabar com qualquer hipótese de aborto.

Atualmente, uma polaca que queira abortar só o pode fazer em risco de vida, de deficiência profunda da criança, ou em casos de incesto ou de violação. A lei que poderá entrar em vigor vai punir mulheres e médicos que levem a cabo um aborto com penas de cinco anos. Em quaisquer circunstâncias.

Entre os críticos, realça-se até que uma mulher que sofra de um aborto espontâneo poderá ter de responder perante a Justiça.

Nesta segunda-feira, e dando sequência a vários protestos que têm decorrido nos últimos meses, houve greve e protestos em mais de 60 cidades polacas.

Muitas mulheres pelo país fora fizeram greve no trabalho, deixando cafés, museus e até autarquias de portas fechadas ou a funcionar em serviços mínimos.

O dia terminou com um protesto em Varsóvia, capital do país, protesto esse que juntou homens e mulheres, como destaca a imprensa britânica.

O preto, cor escolhida para o protesto e que chegou a ser usada por jornalistas em serviço na antena da televisão pública, foi também a cor predominante no protesto que decorreu na capital polaca, como atesta a imagem captada pela objetiva da Reuters (ver acima).

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