"Bruxelas não poderá impor a sua vontade à Hungria"
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, afirmou hoje que a União Europeia "não poderá impor a sua vontade à Hungria" e anunciou que vai apresentar uma emenda constitucional para "registar a vontade das pessoas".
© Reuters
Mundo Viktor Orban
A Hungria referendou hoje o sistema de quotas de refugiados nos países da União Europeia, mas a consulta popular não é válida, uma vez que a taxa de abstenção ultrapassou os 50 por cento. O "não" concentrou mais de 98 por cento dos votos.
"Bruxelas não poderá impor a sua vontade à Hungria", disse o primeiro-ministro conservador, depois de conhecidos os resultados oficiais.
Para Viktor Orbán, Bruxelas não pode ignorar "a vontade" expressa pelas pessoas que votaram.
"Espera-nos um longo caminho, com lutas duras", vincou.
Após ter votado, o chefe do Governo húngaro tinha declarado que não interessava a taxa de participação no referendo, mas a vitória do "não".
Segundo o sistema de quotas de refugiados, a Hungria, com dez milhões de habitantes, deveria acolher pelo menos 1.300 pessoas das 160.000 que seriam repartidas pelos países da União Europeia.
"Só nós é que podemos decidir com quem queremos viver", apontou Viktor Orbán, que se opõe ao plano de acolhimento de refugiados da União Europeia e à imigração, que vê como uma ameaça para a cultura e a forma de vida europeias.
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