Japão estende intervenção pública sobre operadora de Fukushima
O governo nipónico prevê estender a tutela estatal sobre a gestão da operadora de Fukushima, onde ocorreu o desastre nuclear de 2011, devido ao aumento dos custos de desmantelamento da central nuclear, informou hoje a agência Kyodo.
© Reuters
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O Executivo tinha previsto reduzir a sua participação na empresa a partir de abril do próximo ano, quando a empresa ia passar de "gestão pública temporária" para "empresa autogerida", segundo consta no plano de negócios da Tokyo Electric Power Company (TEPCO) de 2014.
No entanto, a intervenção vai estender-se até data indeterminada devido ao aumento dos custos de desmantelamento da fábrica e das compensações para a população retirada devido ao desastre nuclear, disseram fontes do Executivo à agência de notícias japonesa.
O desmantelamento da central vai estender-se entre 30 e 40 anos e o seu custo total, somando compensações aos retirados e outros gastos vai ascender a entre oito e 13 biliões de ienes (64.200/104.000 milhões de euros), segundo diferentes estimativas da TEPCO e de outros peritos nipónicos independentes.
O Governo, por sua vez, tinha situado as suas estimativas em 11 biliões de ienes (96.591 milhões de euros), mas já começou a trabalhar com base na hipótese de que o custo será significativamente maior, segundo as mesmas fontes.
Após a catástrofe nuclear desencadeada pelo terramoto e tsunami de 11 de março de 2011, o Governo adquiriu 50,1% dos direitos de voto na TEPCO através de duas companhias destinadas a gerir o desmantelamento da central e as compensações aos afetados pelo acidente nuclear.
O acidente de Fukushima Daiichi é considerado o pior desde o de Chernóbil (Ucrânia) em 1986.
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