Schulz alerta para "jogo perigoso" da Hungria ao realizar referendo
O presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, alertou hoje para o "jogo perigoso" da Hungria, ao referendar o plano de acolhimento dos refugiados na União Europeia.
© Lusa
Mundo Migrações
"A Hungria só vai acolher, segundo as quotas de refugiados, cerca de 2.000. Organizar um referendo sobre isso é um jogo perigoso", disse Schulz, num artigo publicado hoje pelo grupo de media alemão Funke.
Segundo o presidente do Parlamento Europeu, o primeiro-ministro húngaro, Victor Orban, brinca com "um princípio fundamental da União Europeia, põe em causa a legitimidade da legislação europeia, para a qual a Hungria contribuiu".
O dirigente social-democrata alemão apelou aos dirigentes dos outros estados-membros da União Europeia para que digam ao chefe do Governo húngaro que "a solidariedade não tem um sentido único".
Um total de 8,3 milhões de eleitores húngaros será chamado hoje às urnas para validar, ou não, a oposição do primeiro-ministro ao plano de acolhimento de refugiados na União Europeia.
Até à data, a Hungria não apresentou qualquer plano para acolher refugiados e considera-se afastada de todas as obrigações nesse sentido, caso o referendo confirme as posições de Victor Orban.
A Comissão Europeia lembrou, no entanto, esta semana, que o referendo não terá qualquer impacto jurídico nos compromissos assumidos.
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