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ONU condena anulação de julgamento de massacre que vitimou 111 presos

A Organização das Nações Unidas (ONU) criticou hoje a decisão judicial que anulou o julgamento de 74 polícias militares pelo massacre do Carandiru, em São Paulo, no Brasil, que vitimou 111 detidos em 1992.

ONU condena anulação de julgamento de massacre que vitimou 111 presos
Notícias ao Minuto

21:03 - 30/09/16 por Lusa

Mundo Brasil

"Deploramos a decisão de anular a condenação contra os 74 agentes da polícia envolvidos no massacre do Carandiru", afirmou Cécile Pouilly, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.

Para a mesma responsável, "apesar de o Ministério Público ter anunciado que vai recorrer da decisão, a anulação da sentença, do que é considerado um dos casos mais sérios de violações de direitos humanos no Brasil, transmite uma mensagem preocupante de impunidade".

Neste sentido, a ONU pediu às autoridades para "assegurem que os responsáveis sejam julgados e punidos" e que "garantam os direitos das vítimas e das suas famílias que têm esperado por justiça durante os últimos 24 anos", acrescentou.

Em resposta a um pedido da defesa, que solicitava a anulação do julgamento e a absolvição dos arguidos, na terça-feira a 4.ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo determinou apenas a anulação dos júris, logo, os polícias terão direito a um novo júri.

A 02 de outubro de 1992, elementos da força militar foram chamados à Casa de Detenção do Carandiru devido a uma rebelião e, horas mais tarde, foram retirados 111 corpos de detidos do local.

Entre 2013 e 2014, os policias foram julgados em cinco tribunais de júri diferentes e as penas aplicadas variaram de 48 a 624 anos de reclusão.

Como a defesa recorreu da decisão, nenhum agente chegou a ser preso.

O comandante do policiamento metropolitano na altura, coronel Ubiratan Guimarães, chegou a ser condenado em 2001, mas acabou absolvido em instâncias superiores, sendo essa absolvição um dos argumentos usados pela defesa dos agentes.

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