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Pedro Sánchez afronta críticos em reunião decisiva para futuro do PSOE

Os socialistas espanhóis, a atravessar uma profunda crise interna, vão reunir no sábado o órgão mais importante entre congressos, num ambiente explosivo, depois de um grupo significativo de dirigentes terem defendido a queda do secretário-geral.

Pedro Sánchez afronta críticos em reunião decisiva para futuro do PSOE
Notícias ao Minuto

17:46 - 30/09/16 por Lusa

Mundo Espanha

Pedro Sánchez pretende que o "comité federal" do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) marque para 23 de outubro próximo as primárias para escolher um novo líder do partido e convoque para 12 e 13 de novembro um congresso extraordinário.

A intenção de Pedro Sánchez de realizar rapidamente um congresso (extraordinário) choca com a estratégia do setor crítico da direção socialista que também quer a convocação de um congresso (ordinário), mas apenas para depois da formação de um novo Governo em Espanha.

Este grupo liderado por alguns "barões" regionais defende que Sánchez já devia ter abandonado o lugar de secretário-geral depois da demissão da maioria de membros da "comissão executiva" do partido na última quarta-feira, o que devia, segundo eles, ter precipitado a queda de toda a direção.

Os críticos querem nomear uma "comissão de gestão" que oriente o PSOE até à realização do congresso ordinário.

Um congresso extraordinário apenas pode decidir sobre a composição dos órgãos de direção do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), enquanto o ordinário também toma decisões sobre a estratégia política para os próximos anos.

O "comité federal" é o orgão máximo do partido e reúne cerca de 300 delegados em representação de todos os secretariados-gerais regionais e outros organismos do PSOE.

Entretanto, a líder regional na Andaluzia, Susana Días, vista cada vez mais como possível sucessora de Pedro Sánchez, ofereceu-se na quinta-feira para "coser, unir, restabelecer a fraternidade" no partido e avisou que os militantes socialistas não iriam perdoar que se tenham posto "os interesses pessoais" à frente dos do PSOE.

A comissão executiva afeta a Sánchez fez hoje um apelo à "serenidade" e à "prudência" dos militantes, a quem pediu para não responderem aos pedidos feitos no sentido de se concentrarem em frente à sede do PSOE, para mostrar o seu apoio ao líder, durante a reunião da "comité federal".

Os restantes partidos políticos espanhóis esperam pela definição dentro do PSOE para poderem continuar a trabalhar na busca de uma solução para o atual impasse na escolha de um novo Governo em Espanha que evite a convocação de novas eleições.

O PSOE tem vivido uma crise interna, que agora se agravou, depois de ter visto diminuir a sua base de apoio nas últimas eleições e de ter impedido o PP (Partido Popular, de direita) de formar Governo sem ter conseguido apresentar uma alternativa viável.

Depois das críticas de vários dirigentes regionais, a posição de Pedro Sánchez ficou ainda mais enfraquecida após ser conhecido o resultado das eleições de domingo na Galiza e País Basco em que os socialistas recuaram para posições historicamente baixas.

Se o impasse político em Madrid não for debloqueado até 31 de outubro próximo, o rei Felipe VI terá de dissolver o parlamento nacional e convocar novas eleições, as terceiras no espaço de um ano.

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