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PSOE: Sánchez propõe avanço de congresso e diz-se "aberto ao consenso"

O líder do PSOE, Pedro Sánchez, propôs a eleição em 23 de outubro de um novo secretário-geral e uma nova direção dos socialistas espanhóis e a convocação de um congresso extraordinário a 12 e 13 de novembro.

PSOE: Sánchez propõe avanço de congresso e diz-se "aberto ao consenso"
Notícias ao Minuto

16:38 - 29/09/16 por Lusa

Mundo Espanha

A Comissão Executiva leal a Sánchez, que esteve reunida hoje em Madrid, afirmou através de um comunicado que convocou para este sábado um Comité Federal (órgão mais importante entre congressos) extraordinário para debater e votar esta proposta, sublinhando estar "aberta ao consenso".

Este órgão diretivo, que para os críticos já devia estar dissolvido, mas que se reuniu hoje com os membros mais leais a Sánchez, modificou assim a ordem do dia do Comité Federal que já estava marcado.

A intenção de Pedro Sánchez de realizar um congresso (extraordinário) quanto antes choca com a estratégia do setor crítico da direção socialista que também quer a convocação de um congresso (ordinário), mas apenas para depois da formação de um novo Governo em Espanha.

Um congresso extraordinário apenas pode decidir sobre a composição dos órgãos de direção do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol), enquanto o ordinário também toma decisões sobre a estratégia política para os próximos anos.

A luta interna no PSOE subiu hoje de tom, com o secretário-geral, Pedro Sánchez a recusar sair do lugar que ocupa, depois do setor crítico do partido ter conseguido a demissão da maioria de membros da Comissão Executiva, o que devia precipitar a queda da direção.

A secretaria da Organização do PSOE, afecta a Pedro Sánchez, considerou hoje nula a convocação pelo setor crítico da Comissão de Ética e Garantias, argumentando que se trata de uma convocação unilateral que não cumpre os regulamentos.

Os críticos pretendiam que esta comissão confirmasse que a demissão da maioria da comissão executiva implica o afastamento de toda a direção, incluindo a de Pedro Sánchez, e a convocação de um congresso para escolher um novo líder.

Segundo os estatutos do partido, a Comissão de Ética e Garantias só pode ser convocado pela sua presidente, María Isabel Celaá, que ainda não o fez e é vista como apoiante do secretário-geral.

Entretanto, esta manhã, a presidente da Comissão do Comité Federal (o órgão decisório máximo entre congressos) dos socialistas, Verónica Pérez, defendeu para si a condição de ser atualmente a única autoridade no partido depois da demissão quarta-feira de 17 membros da comissão executiva e dissolução dessa direção.

Verónica Pérez também pediu a convocação urgente da Comissão de Ética e Garantias para esclarecer a situação existente e afirmou esperar que ninguém estivesse sequestrado, uma alusão direta à presidente desse órgão que evita falar com ela, não lhe atendendo o telefone.

Os restantes partidos políticos espanhóis esperam pela definição dentro do PSOE para poderem trabalhar na busca de uma solução para o atual impasse na escolha de um novo Governo que evite a convocação de novas eleições.

O PSOE tem vivido uma crise interna, que agora se agravou, depois de ter visto diminuir a sua base de apoio nas últimas eleições e de ter impedido o PP (Partido Popular, de direita) de formar Governo sem ter conseguido apresentar uma alternativa viável.

Depois das críticas de vários dirigentes regionais, a posição de Pedro Sánchez ficou ainda mais enfraquecida após ser conhecido o resultado das eleições de domingo na Galiza e País Basco em que os socialistas recuaram para posições historicamente baixas.

Se o impasse político em Madrid não for debloqueado até 31 de outubro próximo, o rei Felipe VI terá de dissolver o parlamento nacional e convocar novas eleições.

Se isso acontecer, serão as terceiras eleições legislativas que se realizam no espaço de um ano, depois de na primeira consulta, em 20 de dezembro de 2015, e na segunda, em 26 de junho deste ano, as quatro principais forças políticas espanholas (PP, PSOE, Unidos Podemos e Ciudadanos) não terem conseguido chegar a um acordo para formar um Governo estável em Espanha.

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