Os dados divulgados hoje foram retirados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O economista da CNC Bruno Fernandes frisou em nota que "a retração do consumo, em virtude da persistência da inflação e da contração da renda, além do elevado custo do crédito, explica essa redução na comparação anual".
A pesquisa mostrou ainda que houve um aumento no que se refere ao percentual das famílias com contas ou dívidas em atraso. Em setembro de 2015 cerca de 23,1% das famílias estavam com contas atrasadas, enquanto no mesmo período deste ano este percentual subiu para 24,6%.
O cartão de crédito concentra a maior parte das dívidas em atraso, com 76,3%, sendo seguido pelo carnê (parcelamento de compra em lojas), com 14,8%, e do financiamento de carro, 10,9%.
Os dados indicam, ainda que o crédito mal parado também cresceu para 9,6% em setembro deste ano, número superior aos 8,6% das famílias que se diziam inadimplentes no mesmo período de 2015.
A PEIC é divulgada mensalmente e os seus dados são recolhidos em todas as capitais dos estados e no Distrito Federal, junto de 18 mil consumidores.