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Hamas aplaude morte de Shimon Peres. "Era um criminoso"

A organização islamita palestiniana Hamas, considerada um grupo terrorista pela União Europeia, aplaudiu hoje a morte do antigo presidente israelita Shimon Peres, apelidando-o de criminoso e referindo que "o povo palestiniano está feliz" com a sua morte.

Hamas aplaude morte de Shimon Peres. "Era um criminoso"
Notícias ao Minuto

13:25 - 28/09/16 por Lusa

Mundo Palestina

"O povo palestiniano está feliz com a morte deste criminoso", declarou hoje um porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza.

Para o Hamas, considerado um grupo terrorista não pela UE como também por Israel e pelos Estados Unidos, "Shimon Peres era um dos últimos fundadores israelitas da ocupação".

"A sua morte marca o fim de uma era na história da ocupação israelita", declarou Sami Abu Zuhri à agência de notícias francesa France Presse.

A Autoridade Palestiniana reagiu, por intermédio do presidente Mahmud Abbas, que apelidou Shimon Peres de "corajoso parceiro pela paz".

No entanto, horas antes, uma antiga porta-voz da Autoridade Palestiniana, Diana Buttu, tinha colocado um post nas redes sociais com uma visão bem diferente.

"Peres era um criminoso de guerra sem remorsos. O revisionismo da história não vai funcionar", escreveu a antiga dirigente.

Considerado em várias partes do mundo como um elemento que contribuiu para a paz, muitos palestinianos olham para a história de Shimon Peres de forma muito diferente, acusando-o de ser uma figura central nas sucessivas guerras israelo-árabes e na política de ocupação dos territórios palestinianos.

Peres era também primeiro-ministro quando, em 1996, mais de 100 civis morreram na aldeia libanesa de Qana na sequência de bombardeamentos das forças israelitas. Os civis tinham procurado refúgio numa base das Nações Unidas.

O ex-presidente de Israel e Nobel da Paz Shimon Peres morreu hoje, por volta das 03:00 (01:00 em Lisboa).

Shimon Peres sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) a 13 de setembro e encontrava-se hospitalizado desde então.

Peres era o último sobrevivente da geração dos "pais fundadores" de Israel e foi um dos principais artesãos dos acordos de Oslo, assinados com os palestinianos em 1993, o que lhe valeu a atribuição do Nobel da Paz em 1994.

Shimon Peres ocupou quase todos os mais importantes cargos políticos em Israel - ministro de várias pastas em vários governos, primeiro-ministro interino, primeiro-ministro e presidente (2007-2014).

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