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Histórico do PSOE revela que Sánchez lhe disse que se iria abster

O ex-presidente do Governo espanhol e líder histórico do PSOE, Felipe Gonzalez, revelou hoje que o atual secretário-geral dos socialistas lhe disse em julho que o partido se iria abster na segunda votação de investidura de Mariano Rajoy.

Histórico do PSOE revela que Sánchez lhe disse que se iria abster
Notícias ao Minuto

09:01 - 28/09/16 por Lusa

Mundo Espanha

"E claro, sinto-me frustrado, como se me tivessem enganado. Não tinha necessidade", disse Felipe Gonzalez numa entrevista aos microfones da rádio espanhola Cadena Ser.

Gonzalez assegura que o atual secretário do PSOE, Pedro Sánchez, lhe disse que na primeira votação de investidura do líder do PP (Partido Popular, de direita) os socialistas votariam contra, mas não na segunda, para evitar um impasse político.

Na altura, Sánchez também teria transmitido a Gonzalez que não tinha intenção de formar um governo alternativo, ao contrário do que pretende agora fazer ao propor um acordo com o Unidos Podemos (radicais de esquerda) e o Ciudadanos (centro).

O ex-presidente é da opinião de que Pedro Sánchez se deveria demitir, no caso de o PSOE fixar uma estratégia de investidura que não seja seguida por ele.

O atual secretário-geral está a ser posto em causa, sendo criticado pela sua estratégia que não tem permitido desbloquear uma situação que cada vez mais aproxima a Espanha da marcação das terceiras eleições legislativas no espaço de um ano.

A Comissão Permanente do PSOE aprovou na segunda-feira uma proposta de Sánchez de convocar um Congresso Federal para o início de dezembro e primárias para 23 de outubro próximo.

A proposta tem ainda de ser aprovada pelo Comité Federal socialista, que reúne este sábado, a 01 de outubro, com a presença de vários dirigentes regionais que se têm pronunciado pela possibilidade de o PSOE facilitar a investidura de Mariano Rajoy à frente do Governo.

Pedro Sánchez quer tentar formar um Governo "alternativo de mudança" para evitar terceiras eleições em Espanha.

Depois das críticas de vários dirigentes regionais, a posição de Pedro Sánchez ficou ainda mais enfraquecida após ser conhecido o resultado das eleições na Galiza e País Basco em que os socialistas recuaram para posições historicamente baixas.

Se o impasse político em Madrid não for debloqueada até 31 de outubro próximo, o rei Felipe VI terá de dissolver o parlamento nacional e convocar novas eleições.

Se isso acontecer, serão as terceiras eleições legislativas que se realizam no espaço de um ano, depois de na primeira consulta, em 20 de dezembro de 2015, e na segunda, em 26 de junho deste ano, as quatro principais forças políticas espanholas (PP, PSOE, Unidos Podemos e Ciudadanos) não terem conseguido chegar a um acordo para formar um Governo estável em Espanha.

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