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UE tem "incumbência de construir modelo de fundo europeu de defesa"

O ministro da Defesa Nacional disse hoje que a Comissão Europeia tem como "incumbência construir o modelo de um fundo europeu de defesa", apostando num plano de ação que incide sobretudo na criação de uma base industrial.

UE tem "incumbência de construir modelo de fundo europeu de defesa"
Notícias ao Minuto

17:52 - 27/09/16 por Lusa

Mundo Azeredo Lopes

Em declarações à agência Lusa pelo telefone no âmbito da reunião informal dos ministros da defesa da União Europeia que decorreu na segunda-feira e hoje em Bratislava, na Eslováquia, José Alberto Azeredo Lopes anunciou que "a União Europeia - e a Comissão Europeia em particular - têm como incumbência construir o modelo de um fundo europeu de defesa".

"É preciso depois ver como é que esse fundo se vai alimentar. Portugal tem que ter uma posição de relativa cautela nesse domínio porque não estamos em tempo de grandes despesas, mas do que se trata é de robustecer gradualmente o acesso, nomeadamente através de crédito através de empréstimos do BEI [Banco Europeu de Investimento], da indústria de defesa que preencha os critérios do tal plano de ação", explicou.

Segundo o ministro da tutela, desta reunião informal saiu "uma tomada de posição conjunta" de que "até finais de novembro, dezembro" terá que ser adotado "finalmente um plano de implementação".

"E esse é um avanço muito grande, muito significativo. Esse plano de ação aposta muito na participação de diferentes países em projetos de investigação e de desenvolvimento que depois tenham uma componente industrial que gradualmente reforce uma abordagem europeia integrada mesmo no plano industrial, com benefício para todos aqueles que participem nesse processo e nesses projetos", descreveu.

Segundo Azeredo Lopes, pela primeira vez desde há muito estão em cima da na mesa "questões concretas nomeadamente quanto a um robustecimento do pensamento estratégico europeu".

"E com o desenvolvimento, também pela primeira vez, de um plano de ação em matéria de defesa que incide sobretudo na criação de uma base industrial e no desenvolvimento de uma indústria europeia de duplo uso, com uma preferência claríssima por mecanismos de cooperação reforçada ao nível da investigação, do desenvolvimento e da produção", acrescentou.

O ministro da Defesa Nacional referiu ainda que "esta vontade que foi expressa de maneira muito clara pela alta representante e também vice-presidente da Comissão Europeia, Federica Mogherini".

"É uma relativa novidade porque não é muito habitual que os tempos europeus sejam tão rápidos. A noção que se tem é que esta é uma questão cada vez mais urgente", considerou ainda.

A sessão da reunião informal dos ministros sobre a estratégia global da União Europeia na componente da defesa foi, segundo o representante português, "o prato principal e uma das sessões mais interessantes".

"Houve duas posições que foram debatidas: uma primeira que defende uma rápida autonomia estratégica da UE sem nunca pôr em causa da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte, NATO na sigla em inglês], posição sobretudo representada pela França e pela Alemanha, e depois uma outra posição num outro extremo que defende que essencialmente a defesa no plano da União Europeia tem que continuar a ser uma questão onde estejam preservadas as soberanias, a um nível puramente intergovernamental, porque o essencial dos problemas da defesa continua a ser assumido pela NATO", relatou ainda.

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