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China condena ativistas por "colaborarem com forças hostis" ao país

Três ativistas chineses dos direitos laborais foram hoje condenados a penas suspensas, de entre dois e quatro anos, avançou a imprensa estatal, que cita o seu envolvimento com "organizações estrangeiras hostis à China".

China condena ativistas por "colaborarem com forças hostis" ao país
Notícias ao Minuto

06:52 - 27/09/16 por Lusa

Mundo Justiça

Zeng Feiyang, que era o diretor do escritório de advogados Panyu Workers' Centre, foi punido com três anos de pena suspensa, enquanto os seus colegas Tang Huanxing e Zhu Xiaomei foram condenados a 18 meses de pena suspensa, segundo a agência oficial Xinhua.

Os três ajudavam trabalhadores da província de Guangdong, no sul da China, que reclamavam salários em atraso e bónus não pagos aos seus empregadores, mas foram condenados por "ignorar as leis nacionais e organizar encontros de massas que perturbaram a ordem social", afirma a Xinhua.

Sindicatos independentes são proibidos na China. Apenas o oficial All-China Federation of Trade Unions é reconhecido pela lei, apesar dos críticos afirmarem que frequentemente falha na proteção dos direitos dos trabalhadores.

"Eu aceitei treino e financiamento de uma organização estrangeira hostil à China e, atendendo ao seu pedido, incitei e organizei trabalhadores para protegerem os seus direitos de uma forma extrema", afirmou Zeng, segundo a Xinhua.

"Espero que outros aprendam uma lição com o meu caso e evitem ligações a este tipo de organizações", acrescentou.

Um relatório difundido na segunda-feira pelo Ministério de Segurança Pública acusa Zeng de ter desviado fundos de "múltiplos grupos e embaixadas de países estrangeiros", desde 2010, citou a Xinhua.

Os três acusados confessaram e disseram que não vão recorrer.

Guangdong, que confina com Hong Kong e Macau, é uma das mais ricas províncias da China, mas enfrenta agora várias dificuldades, à medida que muitas fábricas no Delta do Rio das Pérolas fecham ou optam por deslocar a produção para outros locais, com mão de obra mais barata.

Durante a liderança do atual Presidente chinês, Xi Jinping, as autoridades reforçaram o controlo sob académicos, advogados e jornalistas, segundo organizações de defesa dos direitos humanos.

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