Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
19º
MIN 13º MÁX 19º

"Donald insultou constantemente os muçulmanos aqui e no estrangeiro"

O candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, acusou Hillary Clinton de deixar um rasto de caos no Médio Oriente quando foi secretária de Estado, enquanto a sua rival criticou o "desprezo" do milionário pelos muçulmanos.

"Donald insultou constantemente os muçulmanos aqui e no estrangeiro"
Notícias ao Minuto

06:24 - 27/09/16 por Lusa

Mundo Clinton

"Olhamos para o Médio Oriente, é o caos total, [e foi] durante a sua liderança, em larga medida", disse Trump esta madrugada, durante o primeiro debate entre os dois candidatos à Presidência dos Estados Unidos nas eleições de novembro.

A democrata Hillary Clinton defendeu, por seu lado, a importância de trabalhar com as comunidades muçulmanas, "dentro e fora" dos Estados Unidos, para combater o terrorismo.

Clinton criticou o "desprezo" do seu rival pelos muçulmanos e defendeu que esta comunidade é uma importante aliada e pode ter um papel fundamental na disponibilização de informação sobre células terroristas, também no Médio Oriente.

"Donald insultou constantemente os muçulmanos aqui e no estrangeiro (...) Eles podem dar-nos informação que mais ninguém pode", assegurou a ex-secretária de Estado durante o debate na Universidade de Hofstra (Nova Iorque).

Durante a sua campanha, Trump apelou à proibição temporária da entrada no país de todos os muçulmanos.

O republicano assegurou ainda que nunca apoiou a invasão do Iraque e acusou a imprensa de fabricar esse apoio.

O magnata acusou o atual Presidente, Barack Obama, e a sua administração, de que fazia parte Hillary Clinton, de promover o aparecimento do grupo extremista do Estado Islâmico ao sair do Iraque em 2011.

Segundo Trump, Obama deve deixar cerca de "dez mil soldados ou mais" para manter a estabilidade no país e proteger, por exemplo, a infraestrutura petrolífera, cuja exploração encheu os cofres dos extremistas.

Clinton recordou que a saída das tropas foi fruto de um acordo assinado pelo então Presidente, George W. Bush, e o Governo do Iraque, no qual Obama não esteve envolvido.

"Donald apoiou a guerra do Iraque", atirou a democrata, sendo interrompida por Trump que afirmou repetidamente "errado, errado, errado".

Nesse momento, o moderador, Lester Holt, recordou que, em 2002, Trump manifestou o seu apoio à guerra numa entrevista, ao que Trump respondeu que tal informação foi "inventada" pela imprensa.

Nessa entrevista, quando questionado sobre se apoiava a intervenção, Trump disse: "Suponho que sim", uma afirmação que hoje o candidato diz ter significado: "Quem sabe".

Durante o debate, Trump defendeu também afirmações anteriores em que questionou alianças de longa data dos Estados Unidos, como a do Japão, país que considera ter de pagar por esse apoio.

"Não podemos ser os polícias do mundo, não podemos proteger países em todo o mundo, onde não nos estão a pagar aquilo que precisamos", afirmou.

O republicano disse ainda que a democrata não tem "energia" suficiente para ser Presidente, depois de Clinton ter tido uma pneumonia.

"Não acredito que realmente tenha essa energia. Para ser Presidente deste país é preciso ter uma energia tremenda", afirmou.

Clinton respondeu: "Bom, quando ele viajar para 112 países e negociar acordos de paz, cessar-fogos, libertação de dissidentes (...) ou passar 11 horas a testemunhar perante um comité do congresso, então pode falar-me de energia".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório