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Ex-diretor do FMI vaiado à entrada de tribunal onde vai ser julgado

O antigo diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) Rodrigo Rato foi hoje assobiado por manifestantes, que o acusaram de ser ladrão e escroque, à entrada de um tribunal nos arredores de Madrid onde será julgado por desvio de fundos.

Ex-diretor do FMI vaiado à entrada de tribunal onde vai ser julgado
Notícias ao Minuto

12:28 - 26/09/16 por Lusa

Mundo Rodrigo Rato

Rato está entre 65 dirigentes e membros dos conselhos de administração do antigo banco Caja Madrid, que depois se tornou no atual Bankia, acusados de utilizar cartões de crédito da empresa para pagar despesas pessoais sem limite de despesas e sem declarar nada ao fisco.

O caso conhecido como dos "cartões black" (negro em inglês, a cor dos cartões de crédito), atinge principalmente o Partido Popular no Governo, mas nele também estão envolvidos dirigentes sindicais e de partidos de esquerda. nos arredores de Madrid

O processo tem a ver com 12 milhões de euros desviados entre 2003 e 20012 e, segundo o auto de acusação, Rodrigo Rato manteve em 2010 "o sistema corrompido" estabelecido pelo seu predecessor à frente do Caja Madrid, Miguel Blesa, que também pertencia ao PP (Partido Popular, de direita).

Rato teria continuado este sistema no Bankia, instituição nascida em 2011 a partir da fusão do Caja Madrid com seis autras caixas de poupança.

Rodrigo Rato é aos 67 anos o mais célebre dos 65 acusados: foi ministro da Economia e vice-presidente do Governo de José Maria Aznar de 1996 a 2004 e em seguida dirigiu o FMI (Fundo Monetário Internacional), até 2007.

Com o seu "cartão black", Rato terá despendido 99.000 euros durante dois anos, pedindo a acusação uma pena de quatro anos e meio de prisão e uma multa de 2,6 milhões de euros.

Miguel Blesa terá desviado 436.000 euros de 2003 a 2010, dos quais mais de 100.000 em despesas em restaurantes.

Entre os outros acusados estão numerosos membros do PP, sindicalistas e membros de partidos de esquerda, como um membro do conselho de administração representante da Esquerda Unida (comunista) acusado de ter gasto 456.500 euros.

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