Confrontos na República Democrática do Congo fazem 48 mortos
Pelo menos 48 pessoas morreram no centro da República Democrática do Congo (RDC) em confrontos entre a polícia e combatentes leais ao líder tradicional Kamwena Nsapu, que morreu em agosto num combate com a polícia, informaram hoje fontes governamentais.
© Getty Images
Mundo Violência
Os confrontos começaram quando um grupo de jovens combatentes leais a Nsapu entraram na quinta-feira na cidade de Kananga, capital da província de Kasai Central, noticia a agência EFE.
Após serem repelidos pelas forças de segurança, os milicianos regressaram na sexta-feira para atacar o aeroporto.
Segundo disse à agência espanhola o ministro congolês da Comunicação, Lambert Mende, oito dos mortos eram polícias.
A maioria dos mortos - entre os quais uma hospedeira de bordo que trabalhava no aeroporto - eram membros da milícia de Nsapu.
O número de mortos ainda é provisório e entre as vítimas poderá haver crianças, disse Mende.
Nsapu pegou em armas para exigir a saída de todas as forças de segurança da província de Kasai Central, onde ocorreu o massacre.
Nsapu e os seus seguidores acusam a polícia e soldados de todas as forças de segurança de atropelos contra a população.
"Os membros da milícia de Kamwena Nsapu foram quem começou os combates com a polícia, mas asseguro que regressou a calma e a polícia controla agora a situação", disse o ministro.
Segundo os media locais, durante os confrontos os assaltantes gritavam em tshiluba (uma das línguas locais): "Esta terra pertence-nos".
"É algo que não podemos aceitar. A polícia é obrigada a proteger e garantir a segurança das infraestruturas públicas e da população e dos seus bens", disse Mende.
A polícia e o exército vigiam o aeroporto e todos os edifícios públicos de Kananga, cujas ruas estão ocupadas por agentes de segurança perante a possibilidade de novas ações.
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