Turquia acusa EUA de entregar armas aos curdos sírios
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou os Estados Unidos de ter entregado armas a um grupo armado curdo sírio que Ancara considera terrorista, informou a agência pró-governamental turca Anadolu.
© Reuters
Mundo Síria
"Ainda há três dias, dois aviões cheios de armas foram enviados para Kobane (na Síria) ao PYD (Partido da União Democrática) e às YPG (Unidades de Defesa do Povo, milícias do PYD)", declarou o presidente turco na quinta-feira à noite durante um jantar de gala em Nova Iorque, citado pela agência.
O dirigente turco declarou ter abordado a questão com o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, sem conseguir "fazer-lhe entender a razão".
Para a Turquia, as YPG são um prolongamento do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado por Ancara como uma "organização terrorista".
Erdogan considerou que Washington devia classificar o PYD e as YPG como grupos terroristas, ainda que eles combatam os 'jihadistas' do movimento Estado Islâmico, dando como exemplo a Frente al-Nusra (que recentemente mudou o nome para Frente Fateh al-Sham), considerada terrorista pelos Estados Unidos embora seja hostil ao EI.
Os Estados Unidos, por seu turno, afirmaram na quinta-feira à noite que apenas forneceram armas à parte árabe das Forças Democráticas Sírias (FDS, coligação curdo-árabe), que recentemente recuperou ao Estado Islâmico a cidade estratégica de Minbej.
Embora tivessem anunciado ao mesmo tempo que consideram também ceder armas à parte curda daquela força, as YPG, se estas participarem numa eventual ofensiva contra Raqa, o bastião do EI na Síria.
A Turquia lançou em finais de agosto a operação "Escudo do Eufrates" contra o EI, mas também para impedir que os curdos da Síria possam criar uma zona contígua ao longo da fronteira com o território turco.
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