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UE insta na ONU a elaboração de estratégia global contra o terrorismo

O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, instou hoje a comunidade internacional a elaborar uma estratégia global contra o terrorismo, que inclua instrumentos para impedir a radicalização, o financiamento e o recrutamento de combatentes estrangeiros.

UE insta na ONU a elaboração de estratégia global contra o terrorismo
Notícias ao Minuto

20:53 - 21/09/16 por Lusa

Mundo Donald Tusk

"Este ano, temos sido testemunhas de uma nova onda de terrorismo no mundo, também contra os europeus (...). Construir uma estratégia global contra o terrorismo é fundamental", defendeu Tusk ao dirigir-se à Assembleia-Geral da ONU.

O representante da União Europeia (UE) indicou que a Europa está a aliar-se a parceiros como a Ásia, o Golfo e o Sahel para construir infraestruturas globais contra os extremismos e a melhorar o controlo fronteiriço para que aqueles que viajam para se radicalizar não possam voltar a entrar.

"Essa ameaça atingir-nos-á a todos, mais cedo ou mais tarde, e é por isso que devemos fazer melhor uso das Nações Unidas para lutarmos todos juntos", argumentou.

Tusk diagnosticou "um aumento do medo" em todo o mundo, "medo da guerra, do terrorismo, dos estrangeiros".

"A globalização provoca um medo mais contagioso e forte", advertiu o presidente do Conselho Europeu apelando para que se deixe a desconfiança para trás e se aposte na reconquista da segurança e da liberdade.

Tusk disse que a Europa enfrentou o assunto da proteção dos refugiados "de grande maneira" e que, para tal, se guiou pela "empatia e a preparação" para poder ajudar os necessitados, "embora o mundo queira dar a entender que não existem" e salientou que a UE consagrou milhares de milhões de euros para ajuda humanitária nos próximos anos.

O presidente do Conselho Europeu adiantou "ter a esperança de que a solidariedade global" também se mobilizará para os refugiados e reiterou o apoio do bloco europeu à chamada "Declaração de Nova Iorque" para estabelecer critérios justos para as migrações.

Recordou igualmente que a UE "é o maior doador de ajuda humanitária e para o desenvolvimento" e disse que "isso não vai mudar".

Falou também do processo de eleição de um novo secretário-geral das Nações Unidas, um processo que "dá a opção de refletirmos sobre que sistema internacional queremos para o futuro", em vez de "nos deixarmos levar pela cobardia".

Por último, sobre as alterações climáticas, Tusk destacou a ambição e liderança da UE na matéria, com os seus objetivos para 2030 e a ratificação do acordo de Paris quase completa.

"Espero que esta tendência se torne contagiosa", observou.

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