EUA insistem em responsabilizar russos pelo ataque a coluna humanitária
Os EUA reafirmaram hoje que a Federação Russa foi a responsável pelo ataque aéreo a uma coluna de camiões com ajuda humanitária que provocou a morte a cerca de 20 pessoas na Síria, disse um dirigente norte-americano.
© Reuters
Mundo Polémica
Dois aviões SU-24 estiveram a operar na área onde a coluna de camiões foi atacada na região de Alepo ao fim de segunda-feira, adiantou a mesma fonte à agência noticiosa AFP, sob anonimato.
"A melhor avaliação que temos é que foram os russos que fizeram o ataque", acrescentou.
Antes, o Ministério da Defesa da Rússia garantiu que nem a sua aviação nem a aviação síria atacaram a coluna, levantando dúvidas sobre se os veículos terão sequer sido atacados pelo ar.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) e o Crescente Vermelho deram conta na segunda-feira de um ataque aéreo contra uma coluna humanitária perto de Auram al Kubra, a oeste da província síria de Alepo, no qual 18 camiões carregados com alimentos e medicamentos foram destruídos por aviões não identificados. Os camiões atingidos faziam parte de uma coluna de 31 veículos da ONU e do Crescente Vermelho sírio, que iam entregar ajuda a 78 mil pessoas em Orum al-Koubra, precisou o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.
O Governo dos Estados Unidos tinha responsabilizado a Rússia pelo ataque aéreo, apelidando-o de "bombardeamento".
"A aviação russa e a aviação síria não lançaram qualquer ataque aéreo contra uma coluna humanitária da ONU a sudoeste de Alepo", declarou o general Igor Konachenkov, porta-voz do ministério, num comunicado citado pelas agências russas.
O general russo lançou dúvidas sobre se a coluna terá sido atacada pelo ar.
"Estudamos atentamente as imagens de vídeo dos supostos 'ativistas' presentes no local e não encontramos quaisquer sinais de impactos de armas na coluna", realça o ministério.
"Não há crateras, a estrutura dos veículos não está danificada e não sofreram o sopro [da explosão] de um ataque aéreo", concluiu.
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