Entre os mortos estão "14 civis envolvidos em pilhagens" e três polícias, um dos quais foi "queimado vivo", disse Boshab numa conferência de imprensa em Kinshasa.
Os confrontos, que o ministro congolês classificou como "atos bárbaros e de selvajaria extrema", são os piores registados na capital da República Democrática do Congo desde os motins de janeiro de 2015, que causaram várias dezenas de mortos.
"A cidade de Kinshasa acaba de enfrentar um movimento insurrecional que se saldou por um fracasso", afirmou o ministro, acusando "os manifestantes" de terem "deliberadamente escolhido" não respeitar o itinerário que tinha sido combinado com as autoridades.
Milhares de pessoas juntaram-se hoje de manhã em Limete (centro-oeste da capital) para pedir a demissão do presidente Joseph Kabila e a convocação de eleições até dezembro, quando o chefe de Estado termina o seu mandato.
Jovens manifestantes atiraram pedras aos polícias que responderam com granadas de gás lacrimogéneo.
Os protestos foram convocados pela coligação da oposição 'Rassemblement' (Reunião).
Esta semana termina o prazo legal para convocar as eleições em dezembro, dado que o anúncio deve ser feito com 90 dias de antecedência, mas no mês passado a Comissão Eleitoral Nacional anunciou que não terminaria o recenseamento eleitoral antes de julho de 2017.
A oposição acusa Kabila, 45 anos, de atrasar as eleições para prolongar o seu mandato, dado que não pode ser reeleito de acordo com a Constituição.