Países apelam à UE para continuar a apoiar entrada de refugiados
Os ministros do Interior da França e da Alemanha apelaram hoje à União Europeia (UE) para continuar a apoiar os países através dos quais os migrantes entram na Europa, apesar de a questão migratória continuar a dividir a UE.
© Reuters
Mundo Migrações
O ministro do Interior da França Bernard Cazeneuve sublinhou, após uma reunião com o seu homólogo alemão Thomas de Maizière, a "convergência de pontos de vista" dos dois países "sobre a necessidade de a UE continuar a apoiar os países de primeira entrada -- Grécia e Itália -- na implementação de "pontos quentes" e de controlos securitários nas fronteiras exteriores da União assim como do programa de relocalização das pessoas com efetiva necessidade de proteção".
Em setembro de 2015, a UE adotou um plano de distribuição dos refugiados pelo países-membros da União, no qual Alemanha e França estavam envolvidos em primeiro plano, lembrou Bernard Cazeneuve num comunicado.
Um plano a que os quatro países do denominado grupo do Visegrado - Hungria, Polónia, República Checa e Eslováquia -- se opõem fortemente.
Na sexta-feira, na reunião de dirigentes europeus em Bratislava, aqueles quatro países voltaram a recusar qualquer mecanismo vinculativo para a distribuição de refugiados, enquanto Grécia e Itália reclamaram mais solidariedade face à carga migratória.
No que respeita à luta contra o terrorismo, França e Alemanha voltarão a insistir, em meados de outubro, durante a reunião de ministros do Interior da UE, na necessidade de uma iniciativa legislativa da Comunidade Europeu relativa à encriptação de mensagens como telegramas.
Os dois ministros irão também exigir a realização de um simulacro por parte do novo corpo europeu de guardas de fronteira e da guarda costeira antes do fim deste ano, de modo a que o mesmo esteja "plenamente operacional o mais rapidamente possível".
Na segunda-feira realiza-se a 71.ª assembleia geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na qual serão debatidas questões relacionadas com migrantes e refugiados assim como a situação na Síria.
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