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Rússia fala em momento "crucial" e EUA acusam Moscovo de "artimanha"

O embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin, diz se vive na Síria um "momento extremamente crucial" após o ataque aéreo de sábado dos Estados Unidos, estranhando que se tenha tratado de um erro, como assegura Washington.

Rússia fala em momento "crucial" e EUA acusam Moscovo de "artimanha"
Notícias ao Minuto

07:55 - 18/09/16 por Lusa

Mundo Síria

Já a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Samantha Power, considerou a reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU, que decorre na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, a pedido de Moscovo, por causa daquele ataque, é uma "artimanha" e uma "distração daquilo que se está a passar na Síria".

Estas considerações foram feitas aos jornalistas à margem da reunião do Conselho de Segurança da ONU. Os diplomatas costumam fazer declarações aos jornalistas antes e depois das reuniões, mas desta vez tanto Power como Churkin falaram à imprensa enquanto decorriam os debates e deliberações, à porta fechada.

Power disse que Washington está a investigar o ataque aéreo contra posições do exército sírio na cidade de Deir al Zor, no qual, segundo Moscovo, morreram 62 militares da Síria.

Os EUA já lamentaram a perda "não intencional" de vidas humanas e explicaram que, provavelmente, tratou-se de um erro e que as forças norte-americanas acreditariam que estavam a atacar um grupo dos extremistas do Estado Islâmico.

Power acusou Moscovo de atuar de forma "hipócrita e cínica" ao convocar a reunião do Conselho de Segurança por causa deste caso, quando não o fez noutras ocasiões, como quando o regime sírio, aliado da Rússia, foi acusado de atropelos contra civis e de uso de armas químicas ou quando houve bombardeamentos sobre hospitais.

Churkin, que saiu da reunião para responder às declarações da embaixadora dos EUA, realçou que o ataque de sábado pode pôr em risco a trégua na Síria acordada entre Washington e Moscovo a 09 de setembro.

Segundo o embaixador russo, com esta ação militar os EUA violaram dois compromissos: respeitar o cessar-fogo e respeitar as posições das Forças Armadas sírias.

"Este não é um bom momento. Este é um momento crucial", sublinhou Churkin, que avançou ainda a possibilidade de o ataque ter sido uma "provocação", sem dar mais detalhes, dizendo que é "estranho" que tenha sido um erro.

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