ONU exorta regime a autorizar imediatamente entrada de ajuda na Síria
O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, instou hoje o regime sírio a autorizar "imediatamente" a distribuição de ajuda humanitária no país, considerando "particularmente lamentável" que se esteja a "perder tempo" nesta matéria.
© iStock
Mundo Genebra
As Nações Unidas receberam autorização do governo síria a 06 de setembro para distribuir ajuda humanitária nas localidades sitiadas de Madaya, Zabadani, Foua, Kefraya e Mouadamiyat Al-Cham.
No entanto, declarou Staffan de Mistura, a ONU "precisa agora de uma autorização final". E precisa dela imediatamente, acrescentou o responsável aos meios de comunicação social, no final de uma reunião de trabalho sobre ajuda humanitária na Síria. "É particularmente lamentável, estamos a perder tempo", lamentou.
A Rússia concorda connosco neste ponto", realçou Staffan de Mistura, reiterando que os russos - que apoiam o regime sírio - estão dececionados.
A ONU espera poder encaminhar ajuda humanitária na sexta-feira para a zona a leste de Alepo, onde - segundo a organização - vivem entre 250 e 275 mil pessoas em bairros rebeldes sitiados, indicou Jan Egeland, que dirige o grupo de trabalho sobre a ajuda.
Staffan de Mistura explicou que no caso de Alepo, a ONU não precisa de uma autorização final para fazer chegar ajuda humanitária, uma vez que existe um sistema no qual as Nações Unidas simplesmente notificam o governo sírio da chegada de colunas humanitárias através da rota do Castello, um eixo a norte da cidade.
A frágil trégua nos combates na Síria entrou em vigor na segunda-feira e foi prolongada por 48 horas pelos norte-americanos e russos, mas a ajuda humanitária prometido e há muito aguardada ainda não foi distribuída.
Staffan de Mistura explicou ainda que este acordo prevê a desmobilização militar ao longo da rota do Castello e a criação de um "ponto de controlo".
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com