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Bernie Sanders pede clemência para Edward Snowden

O senador norte-americano Bernie Sanders, que foi rival de Hillary Clinton como candidato democrata à Casa Branca, encabeça uma série de depoimentos publicados hoje no diário britânico "The Guardian" que pedem "clemência" para Edward Snowden.

Bernie Sanders pede clemência para Edward Snowden
Notícias ao Minuto

23:06 - 14/09/16 por Lusa

Mundo Senador

Sanders lidera um grupo de figuras públicas favoráveis a que o governo do Presidente Barack Obama garanta ao antigo informático e agente de informações, refugiado na Federação Russa depois de revelar segredos dos EUA, um tratamento que lhe evite "uma grande condenação à prisão" ou um "exílio permanente".

Entre as personalidades estão o linguista Noam Chomsky, a atriz Susan Sarandon, o ex-analista Daniel Ellsberg, que revelou nos anos 70 os conhecidos Documentos do Pentágono, e o secretário-geral da Amnistia Internacional (AI), Salil Shetty.

"A informação revelada por Edward Snowden permitiu ao Congresso e aos cidadãos dos EUA compreendere até que ponto a NSA (sigla em Inglês de Agência de Segurança Nacional) abusou da sua autoridade e violou os nossos direitos constitucionais", escreveu Sanders no periódico britânico.

"Em minha opinião, o interesse da justiça estaria melhor servido se o nosso governo lhe garantisse alguma forma de clemência", acrescentou.

Sarandon, que recebeu um Óscar como melhor atriz em 1995, sustentou, por sua parte, que Snowden "Fez um grande serviço ao seu país" ao revelar à imprensa, em junho de 2013, detalhes sobre os serviços de informações que obteve quando trabalhava para a CIA e a NSA.

Depois de revelar a informação secreta, o programador informático, de 33 anos, pediu asilo a 21 países a partir da zona de trânsito do aeroporto moscovita de Sheremetievo, tendo recebido finalmente proteção na Federação Russa.

Entre outras revelações, os documentos de Snowden revelaram um programa chamado Prism, que permitia aos agentes dos serviços de informações norte-americanos aceder aos dados de milhões de pessoas, armazenados nos servidores de empresas como Google, Microsoft, Apple, Facebook e Skype.

"Snowden deveria, na minha opinião, ser recebido em casa com louvores pelo seu serviço ao seu país, bem como pela sua coragem e integridade", argumentou Chomsky.

Estes apelos no "The Guardian" foram divulgados no dia em que foi lançada uma campanha global para pedir a Barack Obama que se coloque "do lado certo da história" e perdoe Edward Snowden antes de terminar o mandato, em janeiro de 2017.

A AI, a União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e a Human Rights Watch estão entre os organizadores da campanha, que defende que "deixar Edward Snowden num limbo será uma mancha no legado do presidente Obama".

"É irónico que Snowden esteja a ser tratado como um espião, quando o seu ato de coragem chamou a atenção para o facto de os governos dos Estados Unidos e do Reino Unido espiarem ilegalmente milhões de pessoas sem o seu consentimento", considerou Salil Shetty.

Snowden "enfrenta a possibilidade de décadas na prisão por falar em defesa dos direitos humanos", lê-se num comunicado.

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