Como um caso de homicídio terá ficado por resolver graças à pontuação
Investigação sobre a morte de Stephen Lawrence terá sido negligenciada por mais de duas décadas. Tudo graças a uma má interpretação dos factos sobre o homicídio do jovem.
© The Independent
Mundo Londres
Strephen Lawrence morreu em 1913, no sudeste londrino, vítima de um ataque racista alegadamente levado a cabo por um grupo de seis jovens. O caso tem sido investigado desde então e, passados mais de vinte anos, descobriu-se que toda a análise feita ao homicídio foi negligenciada por um pequeno detalhe.
Chrie Le Pere é o homem que tem liderado a investigação deste caso. Agora, citado pelo The Independent, veio a público para assumir que a sua equipa se baseou em factos não verdadeiros sobre a análise das pistas.
Isto porque, aparentemente, a arma utilizada no crime – um martelo ligado a uma alça de uma mala (segurado pela alça, o impacto do martelo teria mais força do que manuseado à mão) – teria sido descoberta a mais de 100 metros do crime, mas não era bem assim.
Le Pere referiu que, na verdade, a alça dessa mesma mala estava, afinal, a menos de cinco metros das manchas de sangue deixadas no local do crime. Isto porque, ao preencher as informações sobre o homicídio nos devidos ficheiros do computador, o então responsável terá interpretado as informações redigidas no local do crime, devido à pontuação.
Isto levou a que, durante todo este tempo, a equipa policial responsável pelo caso tivesse procurado mais informações no local errado, acreditando erradamente que a alça da mala usada no homicídio tivesse sido encontrada no mesmo sítio que outras pistas relativas ao crime.
Assumido o erro, a polícia londrina oferece agora uma recompensa superior a vinte mil libras a testemunhas no local ou a quem forneça informações vitais sobre os envolvidos no crime.
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