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Síria: ONU espera que tréguas sirvam para distribuir ajuda humanitária

As agências humanitárias das Nações Unidas estão prontas para distribuir ajuda humanitária de emergência na Síria, mas continuam à espera que se torne efetivo o cessar-fogo em vigor desde a passada segunda-feira.

Síria: ONU espera que tréguas sirvam para distribuir ajuda humanitária
Notícias ao Minuto

12:26 - 13/09/16 por Lusa

Mundo Guera

Estamos à espera que este cessar-fogo seja realmente efetivo para poder começar a distribuir ajuda. Precisamos de paz, basicamente, para que os camiões possam começar a andar e ainda não a temos”, afirmou numa conferência de imprensa, Jens Laerke, porta-voz do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, citado pela agência EFE.

As Nações Unidas, acrescentou Laerke, são as primeiras a ter a “noção da urgência” e da necessidade de fazer chegar o mais rapidamente possível a assistência humanitária onde ela é precisa, mas é necessário que o processo “decorra de forma segura”.

Questionado sobre que garantias precisa a ONU para iniciar a distribuição, a mesma fonte esclareceu que é necessário “simplesmente” que os agentes humanitários “não corram perigo de vida”.

“Precisamos que isto se materialize”, disse Laerke, acrescentando que as equipas estão todas prontas para avançar assim que se lhes dê “luz verde”.

Quanto à concretização da mesma, o porta-voz foi evasivo, escusando-se a concretizar qualquer data. “Apenas precisamos que a paz se restabeleça, que os beligerantes deponham as armas”, disse.

Entrou em vigor na segunda-feira à tarde um novo cessar-fogo na Síria, em cumprimento do acordo assinado no sábado passado entre os Estados Unidos e a Rússia, que estabelece uma trégua que permita a distribuição de ajuda.

Os primeiros a beneficiar da assistência, de acordo com Laerke, serão as mais de 250 mil pessoas que se encontram encurraladas em Alepo oriental, que se encontram há meses debaixo de fogo intenso e não recebem qualquer ajuda humanitária desde o início de julho.

Esta distribuição será levada a cabo a partir da fronteira turca, indicou Laerke, sem acrescentar outros detalhes.

Por outro lado, também o mediador das Nações Unidas, Staffan de Mistura, está à espera que o cessar-fogo se mantenha para poder relançar o processo de negociações de paz, indicou a porta-voz do mediador, Jessy Chahine.

Chahine esclareceu ainda que, à semelhança do que aconteceu no primeiro cessar-fogo acordado, o gabinete do mediador verificará a efetividade das tréguas à distância, com a ajuda do Grupo Internacional de Apoio à Síria.

De Mistura irá apresentar, logo que seja possível, um novo projeto detalhado relativo aos procedimentos do processo de negociação política e, para tal, desloca-se nos próximos dias a Nova Iorque para se reunir com o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e para participar na reunião do Conselho de Segurança a nível ministerial, agendada para 21 de setembro.

No terreno, não há registo de quaisquer mortes desde o início do cessar-fogo, ainda que as fações opostas tenham criticado o acordo, pelo que subsistem dúvidas sobre durante quanto tempo permanecerão suspensas as hostilidades.

Ainda assim, a Coligação Nacional Síria (CNFROS), principal aliança política da oposição ao regime de Bashar al Assad, anunciou na noite passada que tanto o Exército Livre Sírio (ELS) como “outras fações revolucionárias” atuarão de forma positiva em relação ao cessar-fogo.

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