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Muçulmanos celebram festa do Sacrifício sob medidas de segurança
Mais de um milhão e oitocentos mil peregrinos muçulmanos celebram a festa do Sacrifício onde cumprem o rito da lapidação do diabo nos arredores de Meca e que no ano passado ficou marcado por trágicos acidentes.
© Reuters
Mundo Arábia Saudita
As autoridades da Arábia Saudita indicam que a cerimónia de lapidação em que os peregrinos lançam pedras sobre os pilares instalados em Mina constitui um momento de alto risco recordando que no dia 24 de setembro de 2015 o ritual transformou-se numa tragédia em que 2.300 crentes morreram espezinhadas, entre os quais 464 xiitas iranianos.
O ritual está a ser acompanhado por centenas de polícias e acompanhado por câmaras de vigilância que registam os movimentos dos crentes sendo que foram instaladas escadas de ferro na tentativa de evitar deslizamentos, em Mina, o local sagrado nos arredores de Meca onde decorre a festa do Sacrifício.
Segundo fontes oficiais de Riade, este ano participam 1.862.909 peregrinos sendo que 1.325.372 são estrangeiros provenientes de 189 países.
No domingo, os milhares de crentes estiveram no Monte Arafat onde recolheram as pedras necessárias para o ritual da lapidação do diabo que se vai prolongar até quarta-feira, terminando a peregrinação na Grande Mesquita de Meca.
Além das rigorosas medidas de segurança a cerimónia deste ano não conta, pela primeira vez em três décadas, com a presença dos peregrinos xiitas iranianos.
Após as negociações que decorreram durante os últimos meses, o Irão e a Arábia Saudita, de maioria sunita, não alcançaram o entendimento sobre os procedimentos acerca da tradicional deslocação dos iranianos.
As conversações ficaram mesmo marcadas por uma guerra de palavras entre os rivais xiitas e sunitas.
Em alternativa, centenas de milhares de iranianos estiveram nos últimos dois dias na cidade de Kerbala, no Iraque, onde cumpriram o mesmo ritual.
Em Mina, a lapidação do diabo consiste em lançar sete pedras contra os pilares que representam as aparições do diabo e que põe fim aos ritos.
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