China e Rússia iniciam exercícios conjuntos no Mar do Sul da China
China e Rússia vão iniciar exercícios navais conjuntos no Mar do Sul da China, anunciou hoje o Ministério da Defesa chinês, numa demonstração de força após um tribunal internacional ter recusado as reclamações territoriais de Pequim na região.
© Reuters
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Os exercícios, que decorrerão ao longo dos próximos oito dias, envolvem navios de superfície, submarinos, aviões, helicópteros e fuzileiros navais de ambos os países, revelou o porta-voz da marinha chinesa Liang Yang, em comunicado.
"Estes exercícios conjuntos serão mais intensos e vastos em termos de organização, tarefas e comando, comparativamente com operações do género realizadas no passado", lê-se na mesma nota.
Pequim reivindica a soberania sobre quase todo o Mar do Sul da China, com base numa linha que surge nos mapas chineses desde 1940, e tem investido em grandes operações nesta zona, transformando recifes de corais em portos, pistas de aterragem e em outras infraestruturas.
No início de julho, porém, o Tribunal Permanente de Arbitragem (TPA), com sede em Haia, decidiu a favor das Filipinas e contra a China no caso das disputas territoriais no Mar do Sul da China, apesar de Pequim insistir que não aceita a mediação de terceiros.
Vietname, Filipinas, Malásia e Taiwan também reivindicam uma parte desta zona, o que tem alimentado intensos diferendos territoriais com a China.
Os Estados Unidos da América enviam frequentemente navios de guerra para a região, visando asseverar o direito à liberdade de navegação no território.
Os exercícios conjuntos desta semana vão realizar-se na costa da cidade de Zhanjiang, na província de Guangdong, sul da China.
O objetivo é "reforçar a capacidade das marinhas da China e Rússia de lidar em conjunto com ameaças à segurança no mar", afirmou Liang.
Em maio de 2015, as duas potências militares realizaram os seus primeiros exercícios navais conjuntos em águas europeias, no Mar Negro e no Mediterrâneo, no que foi para a China o exercício naval mais distante das suas águas territoriais até hoje.
China e Rússia mantêm fortes laços militares e diplomáticos, servido de contrapeso ao ocidente em várias questões da geopolítica internacional, enquanto os seus presidentes, Xi Jinping e Vladimir Putin, respetivamente, têm uma relação próxima.
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