Ban Ki-moon insta a "ações adequadas" da ONU após teste nuclear
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, condenou hoje nos termos "mais firmes possíveis" o novo teste nuclear da Coreia do Norte e pediu ao Conselho de Segurança que ponha em marcha "ações adequadas".
© Lusa
Mundo Nações Unidas
"Estamos profundamente preocupados com as contínuas provocações" da Coreia do Norte, com os seus ensaios nucleares e de mísseis, disse Ban Ki-moon numa breve aparição junto dos jornalistas antes de o Conselho de Segurança se reunir para analisar o caso.
A televisão oficial norte-coreana noticiou hoje que Pyongyang tinha realizado nas últimas horas o seu quinto teste nuclear, coincidente com o 68.º aniversário da criação do país.
A detonação atómica, que a ONU considera ser a mais potente, ocorreu na base de Punggye-ri, no nordeste do país, o mesmo local onde a Coreia do Norte já fez explodir bombas nucleares em 2006, 2009, 2013 e em janeiro deste ano.
Nas declarações à imprensa, Ban Ki-moon classificou este ato como "outra descarada violação" das resoluções do Conselho de Segurança da ONU contra estes ensaios nucleares norte-coreanos.
"Pela quinta vez nos últimos anos, a Coreia do Norte foi o único país que violou as leis internacionais contra os testes nucleares", disse o secretário-geral da ONU.
"Este ato inaceitável põe em perigo a paz e a segurança na região e representa outro lembrete gráfico da urgente necessidade de fortalecer o poder mundial para proibir os testes nucleares", sustentou.
Ban indicou que, após o teste de hoje, espera que o Conselho de Segurança "continue unido e tome medidas adequadas".
"Devemos romper urgentemente esta acelerada espiral na escalada" destes testes, observou o responsável, acrescentando que o Conselho de Segurança, o órgão decisório máximo da ONU, deve aprovar "uma firme advertência" ao regime de Pyongyang.
"Todos os membros da ONU têm de cumprir completamente as resoluções" das Nações Unidas, insistiu.
O diplomata sul-coreano expressou ainda a sua frustração perante a atitude da Coreia do Norte e lamentou não ter sido capaz, como líder das Nações Unidas, de "concretizar os desejos e aspirações da comunidade internacional" nesse âmbito.
"Fiz todos os possíveis para melhorar o que fosse possível" na relação com a Coreia do Norte, comentou, garantindo que prosseguirá esforços até abandonar o cargo.
"Sinceramente, espero que as autoridades da República Popular Democrática da Coreia escutem os apelos da comunidade internacional e atuem como um Estado membro da ONU", rematou.
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