Refugiada na Finlândia há 26 anos volta à Somália para ser presidente
Fadumo Dayib era apenas uma jovem quando, em 1990, a Somália mergulhou na guerra civil.
© Facebook/Fadumo Q. Dayib
Mundo Fadumo Dayib
Em Mogadíscio, a sua família gastou o que tinha para enviar a rapariga, de 18 anos, para outra vida, longe da violência que se avizinhava.
Fadumo Dayib partiu como refugiada e aplicou-se. Tornou-se especialista em saúde pública, foi reconhecida como ativista. Preparou-se ao longo de anos até que um dia decidiu que ia abandonar o norte da Europa para voltar à Somália.
Em outubro, será a única mulher entre 18 candidatos à presidência. Ela sabe que não vai ganhar. “Se não és corrupto, não entras no sistema”, diz ao The Guardian.
As eleições que aí vêm são consideradas entre a comunidade internacional as primeiras verdadeiramente democráticas em décadas. Mas estão longe de serem eleições normais. As diferentes comunidades, algumas tribais, vão eleger delegados e são eles – perto de 14 mil – quem irá votar. Ainda assim, são um primeiro passa um verdadeiro sufrágio universal que, espera-se, possa ocorrer em 2020.
Entretanto, o regresso de Fadumo Dayib é notícia. A decisão tem-lhe valido ameaças de morte. Mas da Finlândia, a sua ‘casa’ durante tantos anos, chegam também mensagens de apoio a esta mulher que fugiu um dia como refugiada e cujo regresso à Somália é uma autêntica lição de vida.
A grande vitória agora, foi ter conseguido fazer-se ouvir. Para 2020, as expectativas já são outras. “Vamos ter eleições democráticas… e vamos ganhar”.
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