Governo moçambicano assina acordo para congelar preço do pão
O Governo moçambicano e os industriais da panificação assinaram esta semana um acordo para travar o aumento do preço do pão até março do próximo ano, disse hoje o ministro da Indústria e Comércio, Max Tonela.
© Lusa
Mundo Panificação
Citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), Tonela afirmou que o acordo para o congelamento do preço do pão segue-se a um entendimento alcançado em julho entre o Ministério da Indústria e Comércio e a Associação Moçambicana de Panificadores (Amopao), que prevê uma compensação do Governo aos industriais do setor pelo aumento do custo das matérias-primas.
"Teremos de encontrar formas de reduzir o esforço que o Governo está a fazer em termos de subsídios. Dependerá muito da evolução da taxa de câmbio", declarou Max Tonela, referindo-se às compensações que o Estado moçambicano está a pagar aos panificadores.
Em julho, o Governo moçambicano anunciou a remoção do IVA e de taxas administrativas na indústria do pão, como forma de impedir a subida de preço e aliviar o custo de vida entre a população.
A última vez que o país registou uma subida no preço do pão foi em outubro de 2015, quando o pão de 250 gramas passou de seis meticais (0,12 euros) para 7,5 meticais (0,15 euros), o de 200 gramas aumenta de 4,5 meticais (0,09 euros) para seis meticais (0,12) e o de 150 gramas passa de três meticais (0,06 euros) para 4,5 meticais (0,09 euros).
Em 2010, o aumento do preço do pão e de outros produtos básicos provocou uma revolta popular em Maputo, que degenerou em confrontos com a polícia, que provocaram a morte de várias pessoas.
Falando hoje na abertura do XIV Conselho Coordenador do Ministério da Indústria e Comércio, Tonela apontou a necessidade de garantir o abastecimento em bens de primeira necessidade e a defesa do interesse do consumidor como alguns dos desafios colocados pela atual conjuntura que a economia moçambicana atravessa.
"A atual situação económica do país é caracterizada por enormíssimos desafios derivados de fatores combinados quer internos quer externos, sendo de destacar a queda dos preços dos nossos principais produtos de exportação nomeadamente o carvão, o açúcar, o alumínio, o tabaco, energia elérica, gás, madeira entre outros", enfatizou.
O governante referiu a dinamização da comercialização agrícola, promoção de um clima favorável aos negócios e aposta na industrialização do país como medidas fundamentais para a afirmação económica de Moçambique.
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