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Na Venezuela pode bater tachos, mas há consequências

Na Venezuela bater tachos como forma de protesto pacífico é um ato legítimo, mas implica sanções se for usado para promover o ódio ou para demonstrar intolerância, disse um dirigente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, partido do Governo).

Na Venezuela pode bater tachos, mas há consequências
Notícias ao Minuto

09:21 - 07/09/16 por Lusa

Mundo Governo

Em declarações ao canal de televisão Globovisión, o ministro venezuelano de Comunas e Movimentos Sociais, Elías Jaua, sublinhou que quando o toque de tachos for "praticado como instrumento para a intolerância tem que ser sancionado".

"Se se exerce como perseguição pessoal, como se tem feito em restaurantes, funerárias, em casas de dirigentes, de militantes 'chavistas', é um instrumento para a promoção do ódio, que tem que ser penalizado", disse Elías Jaua.

O também ex-presidente da Venezuela respondia a uma pergunta sobre os acontecimentos ocorridos na sexta-feira, na ilha venezuelana de Margarita (nordeste de Caracas), em que dezenas de pessoas foram detidas por alegadamente baterem tachos em protesto contra a escassez local de produtos básicos, quando se encontrava o Presidente Nicolás Maduro.

Segundo o dirigente socialista, as detenções ocorreram por investigações relacionadas com o "exercício da violência".

O protesto em Margarita teve lugar depois de a oposição levar a cabo, a 01 de setembro, uma "tomada de Caracas" para exigir a realização de um referendo revogatório do mandato do chefe de Estado, uma manifestação que, segundo os organizadores reuniu mais de 1,1 milhões de pessoas e segundo o Governo mais de 30 mil pessoas.

Entretanto, segundo a ONG Fórum Penal Venezuelano, as autoridades libertaram mais de três dezenas de pessoas que participaram no toque de tachos em Margarita, permanecendo, no entanto, detido o jornalista chileno-venezuelano Braulio Jatar Alonso, que foi o primeiro a divulgar um vídeo, através do Twitter, sobre o acontecimento.

O jornalista permanecerá detido durante 45 dias num calabouço do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin, serviços secretos), enquanto decorrerem as investigações, sendo acusado de alegado branqueamento de capitais.

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