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Irão pede outra gestão dos lugares santos pela Arábia Saudita

O guia supremo do Irão criticou hoje violentamente os "dirigentes sauditas" e pediu aos muçulmanos que reconsiderassem a gestão dos lugares santos por Riade, depois de os iranianos terem sido excluídos da peregrinação anual a Meca.

Irão pede outra gestão dos lugares santos pela Arábia Saudita
Notícias ao Minuto

10:51 - 05/09/16 por Lusa

Mundo Guia

"O mundo muçulmano, governos e povos, deve conhecer os dirigentes sauditas e a sua natureza desrespeitosa, descrente e dependente e refletir seriamente sobre a gestão dos lugares santos. Caso contrário, o mundo muçulmano será confrontado com problemas maiores", escreveu o 'ayatollah' Ali Khamenei, no seu 'site' oficial www.leader.ir.

Khamenei também criticou a proibição, decidida pelas autoridades sauditas, que impede os peregrinos iranianos de participar na peregrinação deste ano a Meca. Em 2015, 60 mil iranianos deslocaram-se em peregrinação à cidade saudita.

A decisão das autoridades sauditas foi tomada depois de 2.300 pessoas, incluindo 464 iranianos, terem morrido numa debandada naquela cidade, de acordo com dados compilados a partir de balanços fornecidos por governos estrangeiros.

"Os dirigentes sauditas que bloquearam o caminho do 'Hajj' [peregrinação a Meca] aos fiéis iranianos são degenerados vergonhosos que veem a manutenção do seu poder opressivo na aliança com o sionismo e os Estados Unidos e não renunciam a qualquer traição neste caminho", denunciou Khamenei.

Esta é a primeira vez, desde há quase três décadas, que os iranianos são impedidos de viajar para a Arábia Saudita para cumprir a peregrinação anual a Meca, obrigatória pelo menos uma vez na vida para os muçulmanos.

Os dois países não conseguiram chegar a um acordo para permitir a viagem dos peregrinos iranianos a Meca. Teerão acusou Riade de "colocar entraves".

A Arábia Saudita rompeu as suas relações diplomáticas com o Irão, na sequência do ataque contra a embaixada saudita em Teerão, no início de janeiro, por manifestantes que protestavam contra a execução do xeque Nimr, uma figura da contestação xiita ao regime saudita sunita.

Riade também rompeu as relações comerciais e suspendeu as ligações aéreas com Teerão.

"Os dirigentes sauditas, em vez de pedirem desculpas, colocam-se no papel de acusadores e revelam a sua antiga animosidade contra a República islâmica do Irão, estandarte do Islão perante os infiéis e a opressão", acrescentou o líder iraniano.

As relações entre o Irão e a Arábia Saudita degradaram-se nos últimos anos e os dois países opõem-se em todas as questões regionais, nomeadamente em relação à Síria, Iémen, Iraque e Bahrein.

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