Mais de 500 mortos por cólera na República Democrática do Congo
A epidemia de cólera na República Democrática do Congo (RDC) afetou perto de 18.000 pessoas e causou 517 mortos este ano, indicou hoje a Organização Mundial de Saúde (OMS), que vai apoiar uma campanha de vacinação em Kinshasa.
© Reuters
Mundo OMS
"Foi um mau ano. Até hoje há cerca de 18.000 casos, o que é quase a totalidade dos casos assinalados durante todo o ano anterior", declarou Dominique Legros, encarregado da doença na OMS, numa conferência de imprensa em Genebra.
A cólera é endémica na RDC, mas fica habitualmente circunscrita ao leste do país, tendo desta vez a epidemia chegado ao oeste ao longo do rio Congo.
Atingiu assim as cidades de Kisangani, importante metrópole do nordeste do país, Mbandaka (oeste) e mais recentemente a capital Kinshasa, onde "13 casos e dois mortos" foram registados desde 13 de agosto, disse Legros.
"É muito preocupante pois afeta locais onda a população não está imunizada e onde o pessoal de saúde não está habituado à cólera", adiantou, sublinhando que nestas regiões a taxa de mortalidade é muito elevada.
Face à epidemia, a OMS enviou material e especialistas e decidiu hoje apoiar uma campanha de vacinação de 300.000 pessoas em Kinshasa para evitar a propagação da doença. As duas doses necessárias serão dadas de 22 a 25 de setembro, a primeira, e de 6 a 9 de outubro, a segunda.
Causada pela ingestão de água ou alimentos contaminados com a bactéria 'vibrio', a cólera causa diarreia grave e desidratação por vezes mortal.
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