ONU critica estratégia de forçar saída de cidades sírias cercadas
O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, criticou hoje a estratégia do regime de forçar a saída de habitantes como aconteceu em Daraya, ex-feudo rebelde perto de Damasco que esteve quatro anos sitiado.
© Reuters
Mundo Conflito
"Partilho o vosso receio acerca do facto de, depois de Daraya, podermos ter outras Darayas e isso poderá ser a estratégia de uma das partes neste momento", declarou Mistura aos jornalistas no final de uma reunião em Genebra do grupo de trabalho sobre ajuda humanitária na Síria.
"Devemos ignorar o facto de que existe claramente uma estratégia neste momento para fazer em Al-Waer e em Muadamiyat Al-Sham como em Daraya", insistiu, lembrando que 75.000 vivem em Al-Waer enquanto Daraya só tinha alguns milhares de habitantes (perto de 8.000, segundo estimativas).
Daraya, uma das primeiras cidades a revoltar-se contra o regime de Bashar al-Assad, foi ocupada totalmente no sábado pelo exército após a saída de milhares de rebeldes e de civis submetidos durante quatro anos a um cerco impiedoso e a bombardeamentos constantes.
A saída dos habitantes de Daraya constitui o segundo acordo do género entre o regime e os rebeldes depois do de Homs (centro), "capital da revolução" onde o regime utilizou a mesma tática de cerco e bombardeamentos intensos, antes dos rebeldes terem aceitado deixar o seu bastião na cidade velha em 2014.
Desde o início da revolta contra o regime de Damasco em março de 2011, a guerra na Síria causou mais de 290.000 mortos e obrigou milhões a abandonarem as suas casas.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com