UE denuncia "falta de transparência" nas presidenciais do Gabão
A missão de observadores da União Europeia (UE) às presidenciais no Gabão denunciou hoje "falta de transparência" no processo eleitoral.
© Reuters
Mundo Missão
"Felicito os eleitores gaboneses que exprimiram a sua vontade democrática num processo em cuja gestão faltou transparência", disse a chefe da missão de 73 observadores, a eurodeputada búlgara Mariya Gabriel, numa declaração à imprensa em Libreville.
"A missão lamenta a falta de transparência dos órgãos de gestão das eleições ao não porem à disposição das partes interessadas informações essenciais como a lista eleitoral e a lista dos centros de votação", criticaram os observadores europeus.
A missão da UE apontou por outro lado um desequilíbrio de meios que favoreceu o presidente, Ali Bongo Ondimba, candidato à reeleição.
"Antes do início oficial da campanha, a missão observou uma confusão entre as atividades de campanha e as funções oficiais do candidato da maioria, que beneficiou" de uma ampla cobertura mediática, afirmaram.
"Durante a campanha oficial, o acesso aos meios de comunicação foi fortemente desequilibrado em benefício do Presidente cessante".
As presidenciais do Gabão realizaram-se no sábado e os resultados devem ser anunciados na terça-feira.
O candidato da oposição, Jean Ping, proclamou-se eleito, mas a campanha do Presidente cessante assegura que Bongo venceu a eleição.
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