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Parlamento acusado de se "aliar com a direita mundial" contra Venezuela

Parlamentares do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), o partido do Presidente Nicolás Maduro, divulgaram hoje um comunicado acusando o Parlamento Europeu (PE) de se "aliar com a direita mundial" para "destruir" o Governo venezuelano.

Parlamento acusado de se "aliar com a direita mundial" contra Venezuela
Notícias ao Minuto

23:47 - 26/08/16 por Lusa

Mundo Europa

"Tem sido a direita, que tanto defende o Presidente do Parlamento Europeu, que se tem encarregado, nestes 17 anos (de Governo socialista), de tentar corroer a democracia venezuelana, acudindo a métodos violentos e inconstitucionais, para derrubar o Governo democrático que o povo elegeu livremente", explica.

O documento foi divulgado em Caracas, depois de Martin Schulz afirmar publicamente que a "democracia está em perigo na Venezuela" e que "a maioria da população não está com o Governo" do Presidente Nicolás Maduro.

Em resposta, o partido do Governo explica que "é o povo venezuelano a quem corresponde, de maneira exclusiva, julgar sobre os assuntos internos da República Bolivariana da Venezuela, mediante a ampla diversidade de mecanismos de participação que estabelece a Constituição, no exercício direto da democracia e da soberania nacional".

"Nenhuma autoridade estrangeira tem competência nem legitimidade para julgar os assuntos internos da nossa Pátria. Por tanto, consideramos as declarações do presidente do PE como uma ingerência inaceitável que viola os mais elementares princípios do direito internacional e contradizem o espírito de apoio ao diálogo nacional que tem mantido a Alta Representante da União Europeia para os Assuntos Exteriores", afirma.

O documento "denuncia" que a declaração em questão faz parte "das manobras da direita mundial que procuram destruir a revolução bolivariana, liderada pelo Presidente constitucional Nicolás Maduro, legitimamente eleito pela maioria do povo venezuelano para dirigir os destinos do país até 2019".

"A democracia venezuelana está mais viva que nunca, porque é desenvolvida todos os dias por um povo organizado exercendo diretamente o poder de decidir sobre o seu próprio destino", afirma, recordando que nos últimos 17 anos a Venezuela realizou 20 eleições diferentes.

O comunicado conclui apelando ao presidente do PE para se "concentrar em atender os colossais problemas sociais, económicos e políticos que tem a Europa e que cesse de maneira imediata a sua atitude de ingerência em relação à Pátria venezuelana".

A 24 de agosto último o presidente do PE, Martin Schulz disse, durante uma conferência de imprensa em Bogotá, Colômbia, disse que a democracia estava em perigo na Venezuela e que as possibilidades de um Executivo dependem da sua "legitimidade".

"Acreditamos que a democracia está em perigo na Venezuela, que as possibilidades de um Governo dependem muito da legitimidade desse Governo e as últimas eleições mostraram que uma maioria da população não está de acordo com o que faz o Governo, pelo que deveria reagir", disse.

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