Burkini: No meio de polémica milionário decide pagar multas de mulheres
Iniciativa de Rachid Nekkaz tem chamado a atenção.
© Reuters
Mundo Rachid Nekkaz
França, ainda a recuperar do recente ataque em Nice, tem estado em polvorosa à conta da proibição do burkini, uma espécie de fato-de-banho que é muitas vezes usado por muçulmanas na praia.
Argumentando que em causa está uma peça de roupa que simboliza a opressão às mulheres, a França avançou para a sua proibição, como já havia feito com o niqab há uns anos. É por esta razão que Rachid Nekkaz reentra agora em cena.
Nascido em Villeneuve-Saint-Georges, em França, o empresário milionário francês, filho de pais argelinos, chegou-se à frente e, à imagem do que havia feito quando foi introduzida a proibição do niqab, voltou a disponibilizar-se para pagar coimas de mulheres multadas pelo uso do burkini.
Até ao momento, este empresário já pagou as multas de pelo menos cinco mulheres, como o próprio revelou ao Huffington Post esta semana, a quem explicou por que razão o faz: é uma forma de “neutralizar a lei”, sem deixar de a respeitar.
Estudante de História da Filosofia na prestigiada universidade de Sorbonne, Rachid Nekkaz fez a sua fortuna com uma startup. Atualmente com 44 anos, é casado com uma franco-canadiana.
Numa altura em que as posições se dividem, há muitos franceses e não só a apoiarem a lei, ao mesmo tempo que a própria Amnistia Internacional já se pronunciou contra uma lei que considera excessiva e que deve ser anulada.
Para Rachid Nekkaz, em causa está o “sofrimento”, não só de mulheres muçulmanas, numa semana em que uma mulher foi obrigada a despir-se em público por usar o burkini quando a lei já estava a ser aplicada, mas o próprio espírito francês de ‘vivre ensemble’, que apela ao convívio entre as pessoas.
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