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Secretário-geral da OEA diz não haver democracia na Venezuela

O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, denunciou, na segunda-feira, a corrupção e a violência na Venezuela, afirmando que a condenação de um líder da oposição marcou o fim da democracia no país.

Secretário-geral da OEA diz não haver democracia na Venezuela
Notícias ao Minuto

07:55 - 23/08/16 por Lusa

Mundo Luis Almagro

Numa carta de oito páginas dirigida a Leopoldo Lopez, um dos principais opositores ao Presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, que foi condenado a condenado a 14 anos de prisão, Luis Almagro sublinhou o clima de "intimidação" contra a oposição política na Venezuela.

"Nenhum fórum regional ou sub-regional pode ignorar a realidade de que hoje não há democracia ou Estado de Direito na Venezuela", afirmou o secretário-geral da OEA, chamando Lopez de "amigo".

"O poder não pode ser usado (...) sob nenhuma circunstância para impedir a vontade soberana do povo de se exprimir", afirmou Luis Almagro.

O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do Uruguai disse ainda que os venezuelanos são "vítimas de bullying".

O governo venezuelano "procura manter o seu poder e nega ao povo o direito de tomar decisões através do voto através do recurso à violência contra aqueles que se manifestam ou têm outras opiniões", frisou Almagro.

"Uma linha foi cruzada, o que significa que é o fim da democracia", acrescentou o secretário-geral da OEA, organização que integra 35 países.

No passado dia 12, o tribunal de recurso da Venezuela manteve a condenação a 14 anos de prisão de Lopez, após um julgamento à porta fechada.

A sentença foi fortemente condenada pela União Europeia, pelas Nações Unidas e pelos Estados Unidos.

A Amnistia Internacional que considerou a decisão "uma nova mancha nos trágicos arquivos dos direitos humanos do país, falou mesmo numa "caça às bruxas".

O dirigente do partido Vontade Popular, de 45 anos, foi condenado, em 2015, em primeira instância, a 14 anos de prisão pelo seu alegado papel nas manifestações contra o Governo entre fevereiro e maio de 2014, que resultaram em 43 mortos, segundo os dados oficiais.

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