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Kerry insiste no envio de força de proteção da ONU para o Sudão do Sul

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, insistiu hoje na necessidade de enviar uma "força de proteção" da ONU, composta por tropas africanas, para a capital do Sudão do Sul, palco de violentos combates em julho.

Kerry insiste no envio de força de proteção da ONU para o Sudão do Sul
Notícias ao Minuto

15:49 - 22/08/16 por Lusa

Mundo Estados Unidos

"Não existe qualquer dúvida de que devemos avançar com o destacamento da força regional autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU", disse Kerry à imprensa após um encontro com cinco ministros dos Negócios Estrangeiros da região na capital do Quénia, Nairobi.

A chefe da diplomacia queniana, Amina Mohamed, declarou que, em relação ao envio da nova força, "quanto mais cedo melhor". Na sequência dos combates em Juba no mês passado, o Quénia ofereceu-se para enviar militares para uma nova força, aprovada na ONU a 12 de agosto, juntamente com a Etiópia e o Ruanda.

Os cerca de 4.000 militares da nova força juntar-se-ão aos 12.000 que integram a Missão das Nações Unidas no Sudão do Sul (UNMISS).

Kerry sublinhou que "não se trata de uma força de intervenção, mas de uma força de proteção com um mandato muito claro para lhe permitir proteger a população".

"Isto é um complemento da soberania e dos esforços do próprio Sudão do Sul", adiantou, dando resposta a preocupações de Juba, que inicialmente recusou e depois colocou reticências ao destacamento daquela força, alegando que minava a soberania do país.

Combates em Juba no início de julho opuseram tropas leais ao Presidente Salva Kiir aos ex-rebeldes do vice-Presidente Riek Machar, causando pelo menos 300 mortos e mais de 70.000 deslocados.

Os combates colocaram em risco a aplicação do acordo de paz assinado em agosto de 2015 entre Kiir e Machar para acabar com uma guerra civil devastadora iniciada no final de 2013, menos de dois anos depois de o Sudão do Sul aceder à independência.

Machar fugiu após os combates para a vizinha República Democrática do Congo, dizendo-se pronto a regressar a Juba quando a nova força de proteção da ONU for destacada para a capital do Sudão do Sul.

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