Grupo rebelde nigeriano vai deixar as armas para negociar com Governo
O grupo rebelde Vingadores do Delta do Nilo (NDA) anunciou que irá deixar as armas e retomar as negociações com o Governo nigeriano, depois de oito meses de sabotagens no sul do país, que é uma área petrolífera.
© Reuters
Mundo NDA
Numa mensagem postada no sábado à noite na sua página na internet, o NDA declarou que deseja "discutir com o Governo da Nigéria, com os representantes do país, das empresas multinacionais petrolíferas e os membros neutros da comunidade internacional".
Os rumores sobre negociações entre Abuja e os rebeldes surgiram há várias semanas, mas o grupo não havia confirmado oficialmente.
O NDA está comprometido "em observar uma cessação das hostilidades no Delta do Níger contra todos os interesses das companhias petrolíferas multinacionais".
Em contrapartida, o "partido no poder" deve parar com a "intimidação, invasão e agressão contra cidadãos inocentes [...], incluindo a comunidade Ijaw", população que ocupa os estados de Delta e Rivers.
Ao assumir o cargo no ano passado, o Presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, disse que gostaria de acabar com o acordo de amnistia destinado aos ex-membros de grupos armados do Delta, um legado que resultou das negociações com o Governo anterior, do Presidente Goodluck Jonathan.
Desde 2009, grandes somas de dinheiro são pagas aos ex-combatentes e contratos de formação são atribuídos àqueles que se comprometem a depor as armas.
O NDA apareceu no início deste ano e reivindicou a maior parte dos ataques contra a companhia petrolífera nacional (NNPC), assim como contra as empresas estrangeiras Shell, Chevron, ENI, entre outras.
Esta semana, o ministro do Petróleo da Nigéria, Emmanuel Ibe Kachikwu, disse que 1.600 gasodutos foram "vandalizados" desde janeiro.
A produção de petróleo, que responde por 70% das receitas do Estado, diminuiu 21,5% em relação a janeiro, segundo dados da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, o que levou a Nigéria a uma grave crise financeira e energética.
Na sequência destas sabotagens e da queda dos preços de petróleo, o país perdeu a sua posição como primeira economia e primeiro exportador de petróleo em África.
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