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Dissidente Fariñas mantém greve de fome após terceira hospitalização

O dissidente cubano Guillermo Fariñas, que no sábado completa um mês em greve de fome e sede, anunciou hoje que manterá a medida "até às últimas consequências", após ser hospitalizado pela terceira vez desde que iniciou o protesto.

Dissidente Fariñas mantém greve de fome após terceira hospitalização
Notícias ao Minuto

20:05 - 19/08/16 por Lusa

Mundo Cuba

O porta-voz de Fariñas, Jorge Luis Artiles, confirmou por telefone à agência noticiosa espanhola Efe que o ativista da oposição cubana desmaiou na quinta-feira e esteve internado durante oito horas no hospital provincial Arnaldo Milián Castro, na cidade de Santa Clara, onde reside.

Ao fim de oito horas na unidade de cuidados intensivos, onde foi reidratado, Fariñas, de 54 anos, pediu a alta e regressou a casa, onde prosseguirá a greve de fome e sede "até às últimas consequências", disse Artiles.

O dissidente encontra-se hoje "animado", depois de ter recebido quase seis litros de soro e vitaminas por via intravenosa, indicou o porta-voz, acrescentando que uma médica o visitou esta manhã para avaliar o seu estado de saúde.

Guillermo Fariñas, Prémio Sakharov 2010 do Parlamento Europeu pela defesa dos direitos humanos, completa no sábado um mês de greve de fome e sede para exigir ao Governo cubano que ponha fim à repressão sobre os dissidentes e inicie um diálogo com a oposição.

Durante o seu protesto, o ativista cubano recebeu visitas de altos responsáveis da Igreja Católica em Cuba e de representantes de embaixadas.

Outros oito ativistas, a maioria dos quais pertencente à União Patriótica de Cuba (Unpacu), iniciaram uma greve semelhante em meados de julho, mas já a abandonaram, a 10 de agosto.

Fariñas, dirigente da ilegal Frente Antitotalitária Unida (Fantu), soma desde 1995 um total de 25 greves de fome, a última delas em 2010, altura em que fez cem dias de jejum, a maior parte dos quais hospitalizado, para exigir ao Governo a libertação de um grupo de opositores doentes na prisão.

Segundo dados da Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional (CCDHRN) -- que acompanha a evolução do estado de saúde dos opositores em greve de fome -, até agora, este ano, foram contabilizadas mais de 7.300 detenções por motivos políticos, em muitos casos com violência.

O Governo de Cuba considera os dissidentes "contrarrevolucionários" e "mercenários".

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