Médicos Sem Fronteiras retiram pessoal de hospitais após ataque aéreo
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) anunciou hoje estar a retirar o seu pessoal de seis hospitais no Iémen após um ataque aéreo no início da semana contra uma das suas instalações ter causado 19 mortos.
© Reuters
Mundo Iémen
O ataque de segunda-feira contra o hospital em Abs, no norte do país, foi o quarto e o mais mortífero contra instalações da organização humanitária no Iémen.
A decisão de proceder a uma retirada "nunca é tomada de forma leviana", disse a MSF em comunicado.
Contudo, "dada a intensidade da atual ofensiva e a nossa perda de confiança na habilidade da SLC [coligação liderada pela Arábia Saudita] para evitar ataques fatais deste tipo, a MSF considera os hospitais nas regiões de Saada e Hajjah inseguros, tanto para os pacientes como para o seu pessoal", acrescentou.
Em março de 2015, Riad assumiu a liderança de uma coligação que combate os Huthis, ocupantes da capital, Sanaa, e de outras regiões do país.
Os ataques aéreos intensificaram-se a 9 de agosto último, após o fracasso das negociações de paz que decorriam há três meses no Koweit, sob a égide da ONU.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) atualizou, esta semana, o balanço das vítimas do conflito no Iémen entre 19 de março de 2015 e 15 de julho de 2016, cujo número se eleva a 6.571 mortos e 32.856 feridos, muitos deles civis.
Cerca de 80% da população precisa de ajuda humanitária, de acordo com a ONU.
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