Meteorologia

  • 29 MARçO 2024
Tempo
15º
MIN 8º MÁX 15º

Ministro visita China após suspensão de central nuclear em Inglaterra

O ministro britânico para a Ásia, Alok Sharma, encontra-se numa visita oficial à China, num período de tensões bilaterais, devido à decisão do Reino Unido de adiar a construção de uma nova central nuclear financiada pela China.

Ministro visita China após suspensão de central nuclear em Inglaterra
Notícias ao Minuto

08:46 - 16/08/16 por Lusa

Mundo Relações

Sharma, que se reuniu na segunda-feira com o ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Wang Yi, no início da sua viagem, é o primeiro responsável britânico a visitar a China, após a decisão da nova primeira-ministra, Theresa May, de suspender o projeto.

Pequim concordou em ficar com uma participação de um terço na central nuclear a ser construída pela gigante francesa EDF, em Hinkley Point C, no sudoeste da Inglaterra.

O negócio foi anunciado durante a visita oficial do Presidente chinês, Xi Jinping, ao Reino Unido em outubro como parte da "era dourada" nas relações bilaterais, promovida pelo então primeiro-ministro britânico David Cameron e o ministro das Finanças George Osborne.

A decisão de May terá sido motivada por preocupações de que o investimento do grupo estatal China General Nuclear constituísse uma ameaça à segurança do Reino Unido.

Em um comunicado, Sharma assegurou que a "relação do Reino Unido com a China é forte e está a crescer e beneficia ambos os países".

"O Reino Unido está aberto a receber negócios e é um destino atrativo para o investimento internacional, incluindo da China", sublinhou o ministro.

A decisão do Reino Unido, porém, gerou fortes reações da parte de Pequim, com o embaixador chinês no Reino Unido, Liu Xiaoming, a considerar num artigo publicado pelo jornal Financial Times, que esta colocou as relações bilaterais "num ponto histórico crítico".

Por outro lado, Sharma referiu, no comunicado, que "como membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, estamos a trabalhar juntos para encarar os problemas globais do século XXI", sublinhou.

"O comércio bilateral atingiu um nível recorde. As exportações para a China cresceram 57%, desde 2010, e espera-se que a China se torne no segundo maior investidor no Reino Unido, até 2020", lê-se na mesma nota.

Além de Pequim, Sharma visitará ainda Shenzhen e Cantão, na província de Guangdong, no sul, dois importantes centros da economia chinesa, a segunda maior do mundo.

Apesar da tensão e aberta animosidade registadas na década de 1990 sobre a transferência da soberania de Hong Kong - e da histórica "humilhação" causada pela sempre lembrada Guerra do Ópio - o Reino Unido é hoje o principal destino do investimento chinês na Europa.

Portugal será o quarto, logo a seguir à Alemanha e França.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório