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Governo de Nauru rejeita acusações de maus-tratos a refugiados

O Governo de Nauru rejeitou hoje as denúncias de maus-tratos contra detidos do centro para imigrantes que a Austrália tem neste Estado insular do Pacífico, uma semana depois de terem sido divulgadas pela imprensa.

Governo de Nauru rejeita acusações de maus-tratos a refugiados
Notícias ao Minuto

06:55 - 16/08/16 por Lusa

Mundo Austrália

As autoridades de Nauru também lançaram críticas à imprensa, deputados de Os Verdes e ativistas, acusando-os de usarem os refugiados como "peões".

O Governo de Nauru fez os comentários na sua conta oficial de Twitter, seis dias depois de a edição australiana do diário britânico The Guardian ter publicado milhares de documentos que detalham todo o tipo de abusos, incluindo violações a crianças e mulheres, entre 2013 e 2015.

"A maioria das denúncias de refugiados e ativistas sobre Nauru foram fabricadas para poderem chegar à Austrália. Os chamados 'relatórios' são baseados apenas nestas denúncias", disse o governo no Twitter.

"A imprensa esquerdista australiana, deputados verdes e ativistas utilizam refugiados como peões para as suas agendas políticas. É muito triste", lê-se na segunda mensagem publicada no Twitter.

Na semana passada, o ministro da Imigração australiano, Peter Dutton, reagiu da mesma forma à notícia do The Guardian, afirmando que os imigrantes fizeram falsas denúncias para conseguirem asilo no país oceânico.

A Austrália reativou em 2012 a sua política para a tramitação em países terceiros dos pedidos de imigrantes que viajam para o país em busca de asilo e acordou a abertura de centros de detenção na Papua Nova Guiné e Nauru.

Num relatório recente, a Human Right Watch (HRW) e a Amnistia Internacional (AI) denunciaram que cerca de 1.200 requerentes de asilo, incluindo mulheres e crianças, que foram transferidos pela Austrália para Nauru são vítimas de abusos graves, maus tratos e negligência.

Muitos dos imigrantes que as autoridades australianas intercetam fugiram de conflitos como os de Afeganistão, Darfur, Paquistão, Somália e Síria e outros escaparam da discriminação ou da condição de apátridas, como as minorias rohinya, da Birmânia, ou bidun, da região do Golfo.

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