Japão protesta por presença de navios chineses em ilhas disputadas
O governo do Japão publicou um vídeo que mostra vários navios chineses em águas territoriais nipónicas à volta das ilhas disputadas Senkaku/ Diayou, como parte dos protestos para instar o país vizinho a desistir das incursões na zona.
© Reuters
Mundo Guarda Costeira
As imagens foram gravadas pela Guarda Costeira do Japão entre os dias 05 e 09 de agosto.
Num comunicado que acompanha o filme, o Ministério dos Negócios Estrangeiros denuncia a ação como "inaceitável" e considera que o comportamento da China está a provocar uma escalada de tensão.
O Japão pede "com calma, serenidade e firmeza" que os navios chineses saíam da zona, segundo o texto publicado na página de Internet do ministério na segunda-feira.
Até então, o Japão contabilizou a presença de 28 barcos da marinha chinesa nas suas águas territoriais contíguas às ilhas Senkaku (designadas Diaoyu em chinês), administradas por Tóquio e reclamadas por Pequim e Taipé.
A 06 de agosto, o Japão apresentou um protesto às autoridades chinesas por ter detetado mais de 200 barcos da China perto das ilhas Senkaku/ Diaoyu.
De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, em 2012 um total de 40 navios de mil ou mais toneladas entrou nas águas japonesas, e o número triplicou em 2015 para 120 navios.
A disputa pela soberania do arquipélago Senkaku/ Diaoyu, desabitado e com uma superfície inferior a sete quilómetros quadrados, levou a que as relações entre a China e o Japão tivessem sofrido um dos seus piores momentos em décadas, após Tóquio ter adquirido, em meados de setembro de 2012, três das ilhas a um proprietário privado.
O gesto foi contestado tanto pela China como por Taiwan - que também reclama a soberania das ilhas - e gerou uma onda de protestos contra o Japão em várias cidades chinesas que, em alguns casos, tiveram contornos violentos, e ao cancelamento de eventos diplomáticos.
Desde que o clima de tensão se agravou, a zona alvo da contenda tem vindo a ser patrulhada tanto por barcos da China, como do Japão, país que administra, de facto, aquelas ilhas, onde se suspeita que existam importantes reservas de petróleo e gás natural.
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